ACS PMBM repudia atitude de policial federal que ofendeu guarnição em Corumbá

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  • Post publicado:29 de março de 2022

As regionais da ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul) em Corumbá e Aquidauana, região do Pantanal, repudiaram de maneira veemente a atitude de um policial federal que desacatou uma guarnição da PM na madrugada de domingo (27), em Corumbá, e acabou preso.

Em nota divulgada pelo diretor da Regional corumbaense, SGT Victor Hugo Nogueira, a “atitude individual de um componente de uma instituição tão respeitada acaba por macular a imagem de toda uma organização policial”.

“A valorosa guarnição da Polícia Militar, que estava simplesmente cumprindo com suas atribuições, foi agredida e ofendida verbalmente. Fica aqui, através desta Nota de Repúdio, todo o apoio necessário através do corpo jurídico da Associação”, continuou.

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A ACS ainda enalteceu a atuação dos policias militares pela atitude corajosa, mostrando exemplo de profissionalismo e zelo com a instituição, fazendo cumprir as leis que regem o Estado brasileiro e garantindo a segurança da sociedade sul-mato-grossense.

Ocorrência

A Guarnição da Polícia Militar foi acionada na madrugada de Domingo, após dois automóveis se envolverem em um acidente de trânsito, no cruzamento das ruas América e Antônio João, região central de Corumbá.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, um dos condutores seria um agente da Polícia Federal, que relatou ter sido atingido ao passar pelo semáforo que estaria verde para ele.

O fato foi confirmado pelo condutor do outro automóvel que relatou ter mesmo avançado o sinal vermelho, sendo ele o causador do acidente. O motorista ainda relatou não ter habilitação para dirigir.

A passageira que o acompanhava, se queixou de dores no joelho, coluna e foi encaminhada para atendimento médico por uma ambulância do SAMU.

Conforme o registro, o policial federal envolvido no acidente permanecia calmo, no entanto apresentava forte odor etílico. Neste momento, um outro policial federal que se apresentou como colega de trabalho, teria intervindo na ocorrência que era atendida por uma guarnição da Polícia Militar, dizendo que o colega não iria realizar o teste do bafômetro.

Em seguida, segundo relatado pela guarnição, teria dito “quer ferrar o colega?”, e teria dito que “deveria existir cordialidade entre os policiais, pois eles seguram muitos boletins de ocorrência de corrupção da Polícia Militar (sic)”.

Na sequência, ele teria perguntado aos militares “onde mais existe corrupção? Está se doendo?”, que responderam que ele poderia responder por desacato. Segundo o policial, ele teria dado dois passos para trás e levado a mão direita na cintura, com intenção de sacar a arma.

Nesse momento, o policial federal envolvido no acidente teria conversado com o colega, que desistiu de sacar a arma. Mesmo assim, os militares disseram que o policial federal teria continuado com as ofensas e dito que “havia estudado muito para não fazer parte dessa instituição corrupta (sic)“, se referindo à Polícia Militar.

O policial federal disse ainda que havia acionado a ostensiva federal. Foi chamada a equipe da Força Tática da Polícia Militar e ambas as partes teriam resolvido que o autor seria convidado a ir até a delegacia de Polícia Civil para registro do boletim de ocorrência.

O federal teria se negado, sendo necessário o uso da força moderada para desarma-lo e o indivíduo foi então algemado. Enquanto isso, chegaram viaturas da Polícia Federal, segundo a PM, “a ação dos componentes da força policial foi de entender e amenizar o fato (sic)“. O autor foi algemando e conduzido no compartimento de presos.

A delegada plantonista determinou a entrega da arma do policial federal e, nesse momento, ele teria perguntado sobre seu telefone e, segundo os PMs, dito “vê aí, algum guardinha deve ter colocado na bolsa. Por isso sou papa ferro (gíria policial usada para representar policiais federais), até o TAF (Teste de Aptidão Física) deles é uma m*** (sic)“.