Na tarde deste domingo (30), centenas de manifestantes ocuparam parte do canteiro na Avenida Afonso Pena, em frente ao monumento do Obelisco, para demonstrar apoio ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e as propostas de reforma da Previdência, além dos projetos de lei Anti Crime e de Liberação do uso de armas.
Ao todo, estiveram presentes seis grupos da sociedade civil da Capital: Voluntários do Brasil, Pátria Livre, Chega de Imposto, Fora Corruptos, Avança Brasil e Nas Ruas.
Em um ponto do canteiro foi instalado um painel com imagens dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Enrique Ricardo Lewandowski, Gilmar Ferreira Mendes e José Antonio Dias Toffoli.
No chão foram disponibilizados mais de 10 quilos de tomates, a fim de que os participantes acertassem os representantes do STF, demonstrando indignação sobre a investigação instaurada contro o ministro da justiça, Sérgio Moro.
O aposentado, Enoir Martins Adorno, 68 anos, foi o primeiro a jogar o fruto contra as imagens dos ministros. “A simbologia deste tomate representa tudo que é de negativo em nosso País. Esses homens não valem nada”, declarou enfaticamente.
UNIÃO IDEOLÓGICA
O corretor de imóveis, Caio Monteiro de Lima, 43 anos, participa do grupo Voluntários do Brasil e reforça que o tomate foi adquirido na área de descarte da Central de Abastecimento de Campo Grande (Ceasa).
“Foi a forma de demonstrarmos que estes ministros não representam a nação brasileira e estão na contramão dos interesses da nação”, argumenta o manifestante que há dois anos é associado ao grupo.
Um dos representantes do movimento Pátria Livre, Renato Neves, reforça que a manifestação tem objetivo de demonstrar apoio ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Justiça, Sérgio Moro.
“Também apoiamos a reforma da previdência e as leis, Anti-crime do Sérgio Moro e a que libera a utilização de armas no país”, pontua.
Em alguns cartazes, manifestantes reclamavam sobre a postura do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, e o chamavam de “Reizinho”, além de estimularem os motoristas a aceitarem adesivos em favor do ministro.