Cuca pediu ontem uma reunião online com os mecenas do Atlético Mineiro. Renato Salvador, Rubens Menin, Rafael Menin e Ricardo Guimarães. Lógico que o presidente Sérgio Coelho e o diretor-executivo Rodrigo Caetano também estavam logados.
O que o treinador comunicou não surpreendeu ninguém da cúpula atleticana. Cuca confirmou o que já havia confidenciado.
Não seguirá como treinador do Atlético em 2022. Não comandará clube algum no próximo ano. O motivo alegado, ainda precisa de confirmação, foi “saúde”. Ele mesmo, que já teve problemas cardíacos, ou alguém muito próximo, estaria precisando de cuidados. E Cuca prefere focar a recuperação dessa pessoa a seguir com o futebol.
Para Cuca, o golpe é muito forte. Pela primeira vez, seu nome era analisado com cuidado pela alta esfera da CBF. Levado em consideração, já que Tite abandonará a seleção após a Copa do Catar.
A notícia pode ter surpreendido a torcida. Não a direção atleticana. Cuca foi leal e, após as festanças pela conquista da Tríplice Coroa, o Mineiro, o Brasileiro, depois de 50 anos, e a Copa do Brasil, já havia adiantado que poderia deixar o cargo.
A situação estava tão adiantada que os mecenas, mais Sérgio Coelho e, principalmente, Rodrigo Caetano, já estudavam nomes para substituir Cuca em 2022.
O principal foco é Jorge Jesus.
Porque a cúpula atleticana acredita que ele seria o nome ideal para comandar um elenco milionário, cheio de jogadores importantes, com o ego inflado, como era o Flamengo de 2019.
O impasse do técnico com o Benfica e o avanço do Flamengo em Paulo Sousa são muito oportunos para a cúpula atleticana. A vontade de ter o português é tamanha que até a multa altíssima de 6,5 milhões de euros, cerca de R$ 41,5 milhões, foi analisada. E pode ser paga para trazer o português.
Além disso, já há uma proximidade entre a direção do clube e Jorge Jesus. Em 2019, ele teve convite para treinar o Atlético Mineiro. Ricardo Guimarães, dono do BMG, seria o responsável por seus salários. Jesus não aceitou porque o Flamengo também ofereceu emprego e tinha uma equipe muito mais poderosa na época.
“Eles foram extremamente simpáticos, não vou esquecer a forma como eles me receberam. Mas não era isso que eu queria, tinha outras perspectivas desportivas. Se viesse para o Brasil, achava que tinha que ser… Sem querer ofender ninguém, mas tinha que ser equipe que jogasse para título”, relembrou Jesus, em entrevista à Fox Sports, em março de 2020.
Caso a situação se complique, Renato Gaúcho, desempregado, é o segundo da lista.
O treinador tem como defensor o principal investidor, Rubens Menin.
O Atlético Mineiro já tentou contratá-lo em outras ocasiões.
Os mecenas do clube, que montaram a equipe de R$ 185 milhões, querem a definição do treinador o mais rápido possível.
O motivo: o objetivo do clube é ser campeão da Libertadores da América, em 2022.
Embora todos lamentem a saída de Cuca, os dirigentes acreditam que o elenco é muito poderoso e poderá seguir sem o comandante.
Desde que tenha um treinador à altura do time.
O desejo é Jorge Jesus.
Mas não haverá lamentação se o nome fechado for Renato Gaúcho.
A primeira partida importante do Atlético será no dia 26 de fevereiro.
Contra o Flamengo, pela Supercopa do Brasil.
Até lá, os dirigentes querem o elenco entrosado com o novo técnico…