Jovem coloca celular para carregar e acorda com ele em chamas em MS

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  • Post publicado:21 de junho de 2019

Uma jovem de 20 anos acordou na madrugada desta quinta-feira (20) com o celular, que estava em cima da cama, pegando fogo. O aparelho estava carregando e teria explodido durante a madrugada. O fato aconteceu em Nova Alvorada do Sul – a 115,6 km de Campo Grande.

De acordo com Kelly Cristina Agostinho Santos, o aparelho estava ao seu lado e conectado a tomada para que ela pudesse ouvir o despertador pela manhã, como ela faz todos os dias. Porém, por volta das 4h desta quinta-feira a jovem acordou com um barulho estranho e reparou que o quarto estava tomado de fumaça, foi quando ela percebeu que seu aparelho havia explodido.

“Parecia aquelas velas de bolo de aniversário que fica saindo faísca”, lembrou. A jovem contou que levantou rapidamente da cama e foi em direção a porta, para sair e buscar ajudar, por isso não se feriu com as faíscas que saíam do aparelho.

O fogo chegou a atingir o colchão no local onde estava o aparelho, um Iphone modelo 5S, da Apple. “O cheiro era muito forte e eu vi que o lençol e o colchão já estavam pegando fogo por causa do celular. Acredito eu que seja porque a bateria superaqueceu”, disse Kelly em entrevista ao Jornal Midiamax.

A jovem conseguiu conter as faíscas que saíam do celular com a ajuda da mãe. Conforme a vítima, que trabalha em um telemarketing, ela está com o celular há pelo menos um ano e meio e ele nunca havia apresentado nenhum tipo de defeito. Ela disse que ganhou o aparelho de presente.

O aparelho ficou totalmente destruído por dentro e Kelly chegou a tentar contato com a representante da empresa, por meio de seu representante em Nova Alvorada do Sul, porém, como nesta quinta-feira é feriado o local estava fechado.

A jovem conta que o aparelho está fora do prazo de garantia. “Vou tentar entrar em contato com a Apple amanhã para ver o que pode ser feito. Que sirva de aprendizado tanto pra mim como para outras pessoas”, finalizou.

Orientações sobre uso de celular enquanto ele carrega

Deixar o celular carregando à noite e próximo ao corpo aumenta a exposição aos riscos, como choques elétricos, explosão e incêndios, principalmente se estiver próximo ao travesseiro. É o que orientou o engenheiro eletricista Rodolfo Acialdi Pinheiro, coordenador do Centro de Operações Integrado da Energisa.

“Considerando os fatores, há probabilidade maior de explosão, porque o aparelho vai naturalmente esquentar durante o carregamento, pois existem componentes das baterias que aquecem durante o ato. Os travesseiros, portanto, vão abafar a dissipação desse calor e se o telefone esquentar demais, pode explodir e causar uma tragédia”, detalhou.

O hábito de usar o celular enquanto ele carrega, comum entre a maioria das pessoas, também apresenta sérios riscos, principalmente durante tempestades com raios.

De acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o Brasil é o país com maior incidência de raios no mundo, com cerca de 50 milhões de raios por ano.

A principal orientação do engenheiro foi nunca utilizar o aparelho enquanto a bateria estiver carregando. “Se o local, seja residência, indústria ou estabelecimento comercial, não tiver uma boa instalação elétrica, esse risco de descarga já aumenta. E pode piorar caso o usuário esteja utilizando carregadores paralelos, sem certificação do Inmetro [Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia]”.

Outro fator muito importante salientado por Pinheiro foi sempre utilizar carregadores certificados pelo INmetro, cujo selo garante a qualidade do equipamento. “Ninguém sabe qual a qualidade de um carregador falsificado, por isso devemos sempre procurar os certificados”, alerta Pinheiro.

Também é preciso ser criterioso no planejamento e na execução dos serviços elétricos, que oferecem sérios riscos às pessoas sem a habilitação necessária. “O projeto da instalação elétrica de uma casa, se executado por um profissional qualificado, vai reduzir muito os riscos de descarga elétrica, explosões e incêndios. Não basta aterrar a residência, isso pode até aumentar o perigo se for mal executado”, explicou o engenheiro.

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