Corumbá (MS)- Tomou posse no último dia 20 de agosto, a nova diretoria do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Corumbá (Simted).
A chapa 2 “Educação, Resistência e Luta” formada pelos professores Gabriel Omar e Simone Benites, são os novos representantes da categoria.
Ao Folha MS, o novo presidente enfatizou que a chapa chega com o objetivo de construir um sindicalismo autônomo que realmente transpareça os anseios da categoria.
“Nossa meta é fazer uma representação a partir do engajamento coletivo, desconstruindo a imagem de um sindicato presidencialista, contando cada vez mais com a participação de todos os membros da categoria. Para isso pretendemos reorganizar nossa base promovendo uma desmobilização que desfigurou ao longo dos anos o papel do sindicato”, disse.
Outro foco da nova diretoria será o trabalho de retomada das decisões uniformes da categoria e a busca pelo reconhecimento e recuperação das perdas salariais alcançadas por resistência do Poder público.
“O papel primordial do sindicato é pautado no diálogo, atualmente passamos pelo congelamento dos salários devido a pandemia, mas estaremos pontuando as perdas, traçando nossos objetivos e sempre abertos ao diálogo, mas sem nunca abrir mão dos nossos direitos”, concluiu.
Para vice-presidente Simone Benites, o grande diferencial da chapa foi elaborar um plano de gestão horizontal onde todos possuem a mesma voz dentro do sindicato.
“Formamos uma base que representa a todos os servidores, buscamos compor uma diretoria que tenha a representatividade dentro dos profissionais efetivos, dos contratados e lembrando de que o sindicato não é apenas dos professores, mas de todos os profissionais em educação”, afirmou.
Simone ressalta ainda a representatividade feminina dentro da base. “É importante esta nossa representação haja vista que hoje somos cerca de 80% dos profissionais que atuam no setor da educação no Brasil”, disse.
Para o secretário de planejamento do Simted, Alex Stephano, a nova administração também estará buscando o trabalho de composição com outras categorias para fortalecimento dos núcleos sindicais.
“Esta será a forma de trabalhar as estruturas sindicais, sem corporativismo, compondo com outros sindicatos, mas sem perder a autonomia da nossa base. Precisamos nos fortalecer, principalmente contra retrocesso dos direitos trabalhistas, ampliando a representatividade da categoria e o seu poder de mobilização de massa dentro do método federalista com foco na prestação de contas, controle da base, fortalecendo o comando de greve e estabelecendo limite de reeleição das diretorias”, pontuou.
Devido a pandemia, a realização da posse da nova diretoria foi restrita e seguiu os protocolos de biossegurança contra o novo coronavírus.