A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (14/09), nas
cidades de Corumbá e Campo Grande, a Operação Matáá, com a finalidade de apurar a responsabilidade criminal pelas queimadas na região do Pantanal Sul.
De acordo com informações, imagens de satélites e o sobrevoo das áreas, auxiliaram a Polícia Federal identificar o início e a evolução diária dos focos de queimadas da região.
O dano ambiental conforme apurado, supera mais de 25 mil hectares do bioma pantaneiro, atingindo Áreas de Preservação Permanentes e os limites do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense e da Serra do Amolar. Durante a investigação, para chegar aos locais das queimadas localizados no interior do Pantanal, foram utilizadas aeronaves e embarcações da Polícia Federal.
Os investigados poderão responder pelos crimes de dano a floresta de
preservação permanente (Art. 38, da Lei nº 9.605/98), dano direto e indireto a Unidades de Conservação (Art. 40, da Lei nº 9.605/98), incêndio (Art. 41, da Lei nº 9.605/98) e poluição (Art. 54, da Lei nº 9.605/98), cujas penas somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão.
Participam da fase ostensiva da operação 31 policiais federais, que cumprem 10 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Corumbá e Campo Grande/MS.
Durante a deflagração foi realizada perícia nas áreas afetadas e oitivas dos envolvidos. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Corumbá/MS.
A Operação foi denominada “MATÁÁ”, que significa “fogo” no idioma guató,
em referência aos índios pantaneiros Guatós que vivem nas proximidades das áreas
atingidas.