Capital lança pontos de descarte para reduzir criadouros do mosquito da dengue

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A partir desta segunda-feira 1º a segunda fase do programa Meu Bairro Limpo passou a operar com sete pontos provisórios de descarte distribuídos pelas regiões urbanas da Capital, iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde em parceria com outras pastas e com apoio da Solurb.

O mutirão foi lançado na Escola Municipal Professor Ernesto Garcia de Araújo, no Nova Campo Grande, e marcou o início de uma série de ações que se estenderão até 31 de janeiro com previsão de percorrer toda a cidade.

Na abertura da nova etapa participaram ao menos 20 agentes de saúde e voluntários caracterizados como um casal de mosquitos Aedes aegypti para atrair a atenção das crianças, além de servidores de diferentes secretarias, lideranças comunitárias e moradores locais.

Estrutura e logística

Cada uma das sete estruturas será disponibilizada por região urbana e deslocada semanalmente para bairros distintos conforme o calendário definido pela Sesau, com a Sisep responsável pela retirada periódica dos materiais para impedir que os pontos se tornem locais de descarte irregular.

Após a conclusão do ciclo de atuação em cada área os objetos recolhidos serão encaminhados aos ecopontos onde passarão por triagem e seguirão para destinação final, conforme divulgado pelo município.

Materiais aceitos e proibidos

Serão recebidos itens de pequeno e médio porte que podem acumular água e servir de criadouro do mosquito como baldes, potes, pneus, vasos, garrafas, bacias, brinquedos quebrados, sacolas e filmes plásticos não aproveitáveis.

Não serão aceitos móveis como sofás, camas, colchões e armários, eletrodomésticos incluindo geladeiras, freezers, fogões e máquinas de lavar, podas de árvores, entulhos de construção civil como concreto, tijolos e telhas, materiais perigosos como pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, óleos lubrificantes e tintas, além de pneus de grande porte de uso industrial ou agrícola.

A Solurb fornece a estrutura de coleta e a Sisep assume a retirada conforme cronograma, enquanto a Sesau organiza a rota de atendimento e o calendário de deslocamento semanal por bairro.

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O mutirão começa pela Região Urbana do Imbirussu motivado pelo histórico de registros de chikungunya em 2024 e pelo elevado índice de focos intradomiciliares, segundo o gerente de controle vetorial da Sesau, Rubens Bittencourt.

“É importante entender que grande parte dos criadouros está dentro das residências. Não é só calçada ou terreno baldio. É o pratinho da planta, o potinho do animal, a caixa-d’água destampada, o balde esquecido no quintal. O morador tem um papel fundamental no combate ao mosquito”

A superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, colocou o programa no contexto epidemiológico atual e explicou a estratégia de antecipação das ações devido ao cenário sazonal.

“A maior parte dos casos é registrada justamente nos meses de calor e chuva. Por isso, estamos antecipando mutirões, ampliando visitas domiciliares e reforçando as orientações. O agente vai até duas vezes por ciclo, mas a vistoria diária é responsabilidade do morador”

Além das coletas, as equipes da Sesau realizam atividades educativas nas áreas atendidas com estandes que apresentam o ciclo de vida do mosquito, exposição de larvas e orientações práticas sobre eliminação de criadouros, com ações especiais previstas para fins de semana.

Conforme informações oficiais, onde houver necessidade a prefeitura prevê reforço nas rotas de inspeção inclusive em setores ainda sem agente fixo, com o objetivo de visitar toda a cidade e reduzir o risco de novos surtos durante o período chuvoso.

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