Chuva ameniza queimadas, mas monitoramento continua no Pantanal

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Bombeiros em ação no combate aos incêndios na Fazenda Brasil Fronteira, entre Corumbá e Porto Murtinho. Foto: CBMS
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  • Post publicado:17 de agosto de 2020

A chuva finalmente chegou ao estado neste final de semana, e principalmente em algumas regiões do Pantanal. A tão aguardada precipitação ajudou a amenizar a situação crítica das queimadas, mas o monitoramento das regiões afetadas, permanecem sob monitoramento.

É o que explica o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Waldemir Moreira, que afirmou no sábado (15), que o acompanhamento dessas áreas deve prosseguir por pelo menos 48 horas, afim de certificar que os focos de incêndios não retornem.

De acordo com Moreira, os focos no Pantanal estão concentrados em três pontos, Sesc Pantanal, na divisa entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso; em Corumbá e na Terra Indígena Kadwéu. Desses locais, apenas em Corumbá e na aldeia indígena há confirmação de chuva, porém, neste último com uma precipitação mais fraca.

“A chuva serve para dar uma boa anemizada, mas não sei se vai chegar em Mato Grosso. E no Pantanal há uma peculiaridade, há muitos incêndios subterrâneos e troncos de árvores que as vezes continuam queimando mesmo com as chuvas, então temos que monitorar por, pelo menos 48 horas, para se certificar que eles não tenham uma reignição. E às vezes não conseguimos detectar esses focos pelos radares”, afirmou o tenente-coronel.

Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não houve chuva registrada em Mato Grosso ou na fronteira entre os estados, o que pode indicar que os trabalhos nessa região ainda devem demorar para serem concluídos. Segundo Moreira, a fronteira entre MS e MT é a região mais crítica e por isso 12 bombeiros do Estado vão para integrar a operação de combate aos incêndios na região “e toda uma estrutura de suporte foi para lá”.

Ainda de acordo com o comandante do 1º Grupamento dos Bombeiros da Capital, três indicadores climáticos influenciam para que os incêndios aconteçam, o clima, a umidade e o vento. “Se a gente já tem uma umidade melhor e uma temperatura baixa reduz as chances de os focos aumentarem”, salientou.

Até a sexta-feira (14) a estimativa era de que cerca de 910 mil hectares do Pantanal em Mato Grosso do Sul foram queimados entre janeiro e agosto deste ano. Somados a cerca de 640 mil hectares no Mato Grosso, são 1,55 milhão de hectares de vegetação atingida pelo fogo.

A Operação Pantanal II é comandada pela Marinha em Ladário, em parceria com os governos estaduais de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, por meio do Corpo de Bombeiros dos dois Estados, com o apoio dos brigadistas do Ibama/Prevfogo, Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental (PMA) e apoio logístico do Exército Brasileiro. A coordenação do comitê de ações no âmbito da administração estadual é feita pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).

Com informações Semagro