Corumbá (MS)- Sem contrato vigente com empresa responsável pela manutenção de vias pavimentadas e não pavimentadas há dois meses, a prefeitura de Corumbá mostra sua ineficiência para realizar serviços de infraestrutura e um verdadeiro desperdício de dinheiro público.
Isso porque desde que decidiu por interromper o contrato milionário que mantinha com a empresa Decimal Engenharia, os serviços chamados de “tapa-buraco” vêm sendo realizados pela SEINFRA, utilizando uma espécie de farelo de asfalto com piche em saquinhos.
O serviço de péssima qualidade tem gerado revolta na população que observa os remendos literalmente se esfarelando, imediatamente após a sua colocação. A forma com que o asfalto é fixado também chama a atenção.
Além do material nitidamente inapropriado, os funcionários não dispõem de ferramentas e equipamentos necessários para a fixação do “remendo”, que acaba por ser feito com enxadas. O resultado, como esperado, pode ser visto nas mais variadas ruas da cidade.
Buracos recém tapados com a mistura “instantânea” da prefeitura são alvos de críticas de moradores, motoristas e da população em geral que observa o dinheiro público sendo jogado fora, com o serviço feito na tentativa de maquiar o problema.
A reportagem do Folha MS entrou em contato com o município questionando os serviços que estão sendo realizados bem como a falta de qualidade.
“Há dois meses a Decimal Engenharia não faz mais o serviço de tapa-buracos na cidade. A Prefeitura prepara novo procedimento licitatório para definir empresa para realização desse serviço. A Prefeitura está atendendo emergencialmente com realização do serviço com asfalto PMF (Pré-Misturado a Frio)”.
Nem as ruas que recentemente receberam intervenções para colocação de asfalto novo estão livres dos buracos. Isso porque, o contrato desfeito, previa também a manutenção do convênio firmado pela prefeitura para realização dos reparos de intervenções feitas pela SANESUL.
Sem equipamentos apropriados, somado a um material de baixa qualidade e pouca durabilidade e sua fixação de forma errada, os buracos tomam conta até mesmo das vias que receberam investimentos do Fonplata e ainda serão pagos pela população.