Entre janeiro e outubro de 2025, Mato Grosso do Sul alcançou US$ 9,08 bilhões em exportações, crescimento de 4,24% em relação ao mesmo período do ano anterior. O saldo da balança comercial foi de US$ 6,91 bilhões, avanço de 8,98% sobre 2024, segundo o Boletim de Comércio Exterior da Semadesc.
A celulose segue como principal produto da pauta exportadora, representando 29,34% do total, com 5,8 milhões de toneladas embarcadas. Em seguida aparecem a soja (24,51%) e a carne bovina (16,36%), que registrou aumento expressivo de 46,6% em volume. O minério de ferro também se destacou, com alta de 61,2% e recorde de 7,79 milhões de toneladas exportadas pelo rio Paraguai, reforçando a importância logística dos portos de Corumbá e Porto Murtinho.
Diversificação de mercados e logística fluvial
O secretário Jaime Verruck destacou que os números refletem a consolidação de setores estratégicos e a diversificação dos destinos.
“A celulose teve crescimento de 25% e já posiciona Mato Grosso do Sul como o maior exportador do país, impulsionado pela operação plena da Suzano em Ribas do Rio Pardo. Também tivemos avanço significativo nas exportações de carne bovina e recorde no minério de ferro, com 7,8 milhões de toneladas embarcadas”, afirmou.
Mesmo com a tarifa imposta pelos Estados Unidos sobre a carne bovina brasileira, houve reposicionamento para outros mercados, especialmente o México. Os EUA aparecem como sexto destino das exportações, enquanto a China segue como principal parceiro, absorvendo 45,61% do total.
Sobre a logística fluvial, Verruck ressaltou:
“Corumbá já acumula mais de 8 milhões de toneladas exportadas neste ano, resultado dos investimentos nos terminais portuários. Em Porto Murtinho, a exportação de soja já soma 375 mil toneladas, demonstrando a consolidação da hidrovia como alternativa para o escoamento da produção.”
Importações e municípios exportadores
As importações caíram 8,43%, somando US$ 2,17 bilhões. O gás natural manteve-se como principal item, mas com queda de 31%, impactando a arrecadação estadual. Em contrapartida, houve aumento na compra de equipamentos para o setor de celulose, especialmente para a nova planta da Arauco em Inocência.
Entre os municípios, Três Lagoas lidera as exportações com 19,46%, seguido por Ribas do Rio Pardo (14,62%) e Campo Grande (7,5%). Os principais portos utilizados foram Santos (39,02%), Paranaguá (32,7%), São Francisco do Sul (12,09%) e Corumbá (5,15%).
“Os resultados mostram a força do setor produtivo e o impacto direto das exportações sobre o desenvolvimento regional, reforçando o papel de Mato Grosso do Sul como protagonista nacional na produção sustentável e industrialização baseada em inovação”, concluiu Verruck.
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