O que comer antes e durante o Enem e Fuvest, com orientações para manter foco, energia e calma
Com mais de 4,8 milhões de inscritos no Enem, marcado para 9 e 16 de novembro, e a Fuvest prevista para 23 de novembro, a alimentação assume papel central na preparação dos estudantes. Além da revisão do conteúdo e do controle da ansiedade, o que se come nas vésperas e no dia da prova pode influenciar diretamente a concentração e a resistência mental.
O cérebro utiliza cerca de 20% da energia do corpo, mesmo em repouso, o que exige um suprimento constante de glicose, vitaminas e minerais. Pular refeições ou adotar horários irregulares pode provocar quedas de açúcar no sangue, com sensação de fadiga, irritabilidade e lentidão no raciocínio. Refeições muito gordurosas e pesadas, por outro lado, tendem a gerar sonolência e desconforto.
Alimentação nos dias que antecedem a prova
Dois a três dias antes das provas, a prioridade é manter uma dieta estável e rica em alimentos que liberam energia de forma gradual e apoiam a memória. Inclua carboidratos complexos como arroz integral, aveia e quinoa, e proteínas magras como peixes e ovos, fontes de ômega-3 e colina. Frutas como banana, maçã e abacate contribuem com energia e micronutrientes, enquanto oleaginosas — castanhas, nozes e amêndoas — oferecem gorduras saudáveis. Vegetais verde-escuros, como espinafre e brócolis, ajudam na oferta de vitaminas e minerais.
Evite excessos de café, bebidas energéticas e refrigerantes, pois podem provocar picos de ansiedade, taquicardia e atrapalhar o sono. Mudar radicalmente a rotina alimentar nos dias finais também não é recomendado; a consistência é importante para que o organismo funcione bem no dia da avaliação.
No dia da prova e o que levar
Para o dia do exame, o ideal é um café da manhã leve e equilibrado, por exemplo, pão integral com queijo branco ou ovos mexidos, uma fruta e um suco natural. Almoços devem ser simples e digestivos, combinando carboidrato (arroz, batata ou macarrão), proteína leve (frango, peixe ou carne magra) e salada, consumidos com antecedência de cerca de três horas para evitar desconforto.
Durante as provas longas é útil levar lanches que sustentem sem pesar, como mix de castanhas e frutas secas, barras de cereais sem chocolate, bisnaguinhas com pasta de amendoim e frutas práticas, como banana ou maçã. Hidrate-se com água ou água de coco e evite salgadinhos, frituras e doces em excesso, que provocam picos e quedas rápidas de glicemia, comprometendo o foco.
Um complemento natural indicado para o dia do exame é o suco da memória, que combina ingredientes com ação antioxidante e gorduras boas. Bata no liquidificador uma maçã, uma laranja, uma goiaba vermelha, uma cenoura pequena, uma colher de chá de chia ou linhaça e 200 ml de água ou água de coco. Consuma logo após o preparo para aproveitar as propriedades dos ingredientes.
O corpo precisa de estabilidade e combustíveis saudáveis para que o raciocínio funcione no seu melhor momento.
“Quando a alimentação é adequada, o raciocínio fica mais ágil, a memória responde melhor e o estudante ganha mais tranquilidade para enfrentar o desafio”, diz Dânio Almeida, nutrólogo.
Mantendo rotinas alimentares regulares, priorizando carboidratos de liberação gradual, proteínas magras, frutas, oleaginosas e hidratação, os candidatos têm mais chances de chegar às provas com energia, clareza e menor nível de estresse.

