O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sua defesa da Operação Contenção, ação policial que resultou em mais de 120 mortes. A operação, cujo objetivo era cumprir mandados de prisão contra membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV), desencadeou debates acalorados sobre o uso da força e os direitos humanos.

A manifestação de Castro ao STF foi motivada por um pedido de esclarecimentos do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo conhecido como ADPF das Favelas. Moraes havia solicitado informações detalhadas sobre a operação, e ambos se reuniram para discutir o caso.

No documento enviado ao Supremo, Castro argumentou que os confrontos entre policiais e criminosos foram direcionados para áreas de mata, visando evitar tiroteios em zonas densamente povoadas e proteger a população local. Segundo o governador, a ação policial foi imprescindível devido às barricadas erguidas por criminosos próximos a escolas e postos de saúde.

Castro enfatizou que a intervenção policial foi um “exercício legítimo do poder-dever de proteção da sociedade” diante de organizações criminosas de perfil narcoterrorista. Ele destacou o compromisso das forças de segurança pública com a legalidade, a transparência e a proteção dos direitos humanos, ressaltando a estrita observância ao Estado Democrático de Direito e à defesa da vida.

A defesa de Castro no STF ocorre em meio a intensos questionamentos sobre a letalidade da Operação Contenção e a necessidade de se adotarem estratégias mais eficazes e menos violentas no combate ao crime organizado. A preservação integral das provas relacionadas à megaoperação foi determinada.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br