PMA intensifica fiscalização durante a piracema em Mato Grosso do Sul

PMA reforça fiscalização da piracema em Mato Grosso do Sul com operação georreferenciada para coibir pesca predatória e preservar espécies nativas.
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Fiscalização da piracema será reforçada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) a partir deste sábado, 1º de novembro, em todo o território de Mato Grosso do Sul. A ação marca o início da Operação Piracema Georreferenciada 2025/2026, conduzida pelo Comando de Policiamento Ambiental (CPAmb), e tem como foco coibir práticas de pesca predatória durante o período de reprodução dos peixes.

As equipes atuarão em pontos mapeados por georreferenciamento, identificados como áreas de maior incidência de infrações. A operação contará com bloqueios terrestres e fluviais, inspeções em comércios, conferência de estoques declarados de pescado e rondas diurnas e noturnas em locais estratégicos.

Monitoramento em tempo real

Com o uso do Sistema de Gerenciamento da Informação Ambiental (SIGIA), os policiais terão acesso a dados atualizados e poderão acompanhar as ocorrências em tempo real. O sistema integra mapas e informações ambientais, permitindo a análise instantânea das ações e o direcionamento de equipes conforme o avanço das investigações.

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De acordo com a PMA, a tecnologia vai ampliar o alcance das fiscalizações e garantir respostas mais rápidas em casos de pesca ilegal. O objetivo é preservar os cardumes que sobem os rios para a desova e assegurar o equilíbrio das espécies nativas.

Proibição e período de defeso

Durante a piracema, fica proibida a pesca, o transporte, o armazenamento e a comercialização de espécies nativas nas bacias dos rios Paraguai e Paraná. O período de defeso em Mato Grosso do Sul será de 5 de novembro de 2025 a 28 de fevereiro de 2026, conforme determina a legislação ambiental.

A PMA reforça que o transporte de pescado só é permitido mediante comprovação de origem legal e apresentação da declaração de estoque, documento que deve ser emitido até dois dias úteis após o início da piracema.

Educação ambiental e prevenção

Além das ações repressivas, os policiais também vão promover atividades de educação ambiental junto a comunidades ribeirinhas e pescadores. As orientações visam conscientizar sobre a importância do período reprodutivo e incentivar o cumprimento da legislação.

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Fiscalização e orientação serão foco da operação que conta ainda com uso de tecnologia

A corporação destaca que a preservação dos peixes nesse ciclo garante o equilíbrio ecológico e a sustentabilidade da pesca no Estado.

Penalidades para infrações

Quem for flagrado praticando pesca predatória poderá responder criminalmente e sofrer punições previstas na Lei de Crimes Ambientais. As sanções incluem:

  • Multas de R$ 700 a R$ 100.000, acrescidas de R$ 20 por quilo ou fração do pescado apreendido;
  • Apreensão de petrechos, embarcações, veículos e equipamentos utilizados na atividade ilegal;
  • Detenção de um a três anos, conforme o artigo 34 da legislação ambiental.

A PMA reforça que o cumprimento das regras é essencial para a manutenção dos recursos naturais e a conservação da biodiversidade aquática.

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