Juliano Biron da Silva, apontado como chefe da facção “Os Manos” no Rio Grande do Sul e com ramificações em Mato Grosso do Sul, foi detido na quarta-feira (10) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Foragido desde 2024, ele utilizava identidade falsa para permanecer no país vizinho, que faz fronteira com Corumbá.
Nesta quinta-feira, 11 de setembro, Juliano foi entregue à Polícia Federal junto com outros brasileiros expulsos pelas autoridades bolivianas.

A captura ocorreu após troca de informações entre a polícia local e o Centro de Cooperação Policial Internacional no Rio de Janeiro, com apoio do oficial de ligação da PF na Bolívia. Contra Biron havia quatro mandados de prisão em aberto, além de inclusão na lista de difusão vermelha da Interpol.
No Brasil, ele já havia sido condenado a 33 anos de prisão pelo homicídio do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, em Canoas (RS), e teve bens sequestrados que somam mais de R$ 120 milhões.
O criminoso foi localizado quando tentava renovar o documento falso que utilizava, no qual se apresentava como natural de São José, em Santa Catarina. A consulta ao sistema revelou o alerta internacional e resultou na prisão. Junto com ele também foi extraditado, Yuri Flugrath dos Santos que também integrava a lista de foragidos da justiça brasileira.

Após os trâmites em Corumbá, Biron será transferido para uma penitenciária no Rio Grande do Sul. A facção “Os Manos” está entre os seis grupos criminosos com atuação identificada em Mato Grosso do Sul.