A Polícia Federal prendeu em flagrante, nesta quarta-feira (10), um homem investigado por crimes de abuso sexual infantojuvenil na internet durante a 18ª fase da Operação Nicolau, realizada em Corumbá. A ação cumpriu mandado de busca e apreensão expedido pela 1ª Vara Criminal, com o objetivo de desarticular atividades criminosas voltadas à produção e armazenamento de material ilegal envolvendo crianças e adolescentes.
Durante o cumprimento da ordem judicial, os agentes localizaram e apreenderam mídias digitais que serão encaminhadas para perícia. O material deve auxiliar na identificação de outros possíveis integrantes da rede criminosa e no aprofundamento das investigações.
O suspeito foi levado à Delegacia da Polícia Federal e poderá responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, que tipifica como infração grave a produção e o armazenamento de conteúdo de abuso sexual infantojuvenil.
Embora a legislação brasileira ainda utilize o termo “pornografia” infantil no artigo 241-E da Lei nº 8.069/1990 para descrever situações que envolvam crianças ou adolescentes em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou a exibição de órgãos genitais para fins sexuais, organismos internacionais e especialistas defendem o uso de expressões como “abuso sexual” ou “violência sexual” contra crianças e adolescentes. A mudança de nomenclatura busca evidenciar a gravidade e a violência inerentes a esses crimes.
A Polícia Federal reforça a importância da prevenção e da vigilância por parte de pais e responsáveis. Entre as orientações estão o acompanhamento próximo das atividades online, conversas abertas sobre os riscos do ambiente virtual e a explicação sobre o uso seguro de redes sociais, jogos e aplicativos.
Sinais como mudanças bruscas de comportamento, isolamento repentino ou sigilo excessivo no uso de celulares e computadores podem indicar situações de risco. Ensinar crianças e adolescentes a reconhecer abordagens inadequadas e a buscar ajuda imediata é apontado como medida essencial para reduzir a vulnerabilidade.
Segundo a corporação, a informação e o diálogo são ferramentas fundamentais para proteger o bem-estar de crianças e adolescentes, sendo a prevenção a forma mais eficaz de evitar que esses crimes ocorram.