Mato Grosso do Sul deu início à etapa de campo do Censo da Força de Trabalho na Saúde, iniciativa inédita coordenada pelo Ministério da Saúde para atualizar o perfil dos trabalhadores e estabelecimentos do setor no país. O estado, ao lado do Distrito Federal, foi escolhido como território-piloto para a aplicação do projeto, que será replicado em todo o Brasil.
No território sul-mato-grossense, o levantamento contemplará 6.360 serviços públicos e privados, distribuídos nas quatro macrorregiões de saúde. A coleta será realizada por 33 recenseadores e 6 articuladores regionais, com apoio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Escola de Governo Fiocruz-Brasília.
O censo é voltado exclusivamente à coleta de informações, sem caráter fiscalizatório, e tem como foco a qualificação do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), especialmente no que diz respeito à força de trabalho.
“Esse levantamento é essencial para entender a realidade dos profissionais que atuam no SUS e na saúde suplementar em todo o estado. Teremos uma base sólida para planejar com mais precisão a formação, alocação e valorização desses trabalhadores, além de identificar lacunas na distribuição de profissionais”, destaca André Vinicius Batista de Assis, superintendente de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde da SES.
Abordagem segura e identificada

A coleta será feita por telefone, e-mail e visitas presenciais. Os recenseadores estarão devidamente identificados, com colete e crachá contendo credenciais oficiais do projeto. As visitas ocorrerão nos locais onde o contato remoto não for possível.
“Esse censo é estratégico para fortalecer as políticas públicas voltadas aos trabalhadores da saúde. É uma oportunidade de corrigir distorções, reconhecer profissionais muitas vezes invisibilizados e avançar na regionalização do SUS com base em evidências concretas”, reforça Victor Hugo de Jesus Gutierre, chefe do Setor de Apoio da Coordenadoria de Gestão do Trabalho da SES.