O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) afirmou ser autista ao justificar sua participação na confusão ocorrida no plenário da Câmara dos Deputados. A declaração foi feita em vídeo publicado nas redes sociais, após partidos solicitarem seu afastamento por seis meses.
O episódio envolveu outros parlamentares e gerou repercussão entre lideranças da Casa.
Deputados podem ser punidos após tumulto no plenário
O pedido de suspensão foi formalizado por meio de um ofício entregue ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e assinado por representantes do PT, PSB e PSOL. O documento solicita punição para cinco deputados envolvidos na confusão, incluindo Paulo Bilynskyj (PL-SP), Zé Trovão (PL-SC), Júlia Zanatta (PL-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
No vídeo, Pollon relata que, durante o tumulto, não compreendia o que estava acontecendo na Mesa Diretora e, por isso, decidiu se sentar na cadeira de Hugo Motta. Ele pediu ajuda a Van Hattem, que se posicionou ao seu lado. “Falei ‘me orienta’, porque pelo que nós combinamos haveria um rito para a desocupação do espaço, e esse combinado não foi cumprido”, afirmou.
Além da suspensão, o documento também propõe advertência a outros parlamentares e abertura de processo no Conselho de Ética. Van Hattem já é alvo de pedido de afastamento preventivo. Pollon, por sua vez, defendeu o colega, alegando que ele estava presente apenas para prestar apoio.
A decisão sobre possíveis punições será discutida em reunião da Mesa Diretora, prevista para esta sexta-feira (8). Após o encontro, os nomes que poderão ser encaminhados ao Conselho de Ética devem ser divulgados.
