Governo anuncia cursos de mineração em Corumbá para atender demanda no setor

cursos de mineração em Corumbá
Caminhões recolhem minério de ferro produzido pela Vetorial Mineração em Corumbá / Foto: Divulgação
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  • Post publicado:26 de junho de 2025

Corumbá deve contar, em breve, com formações superiores voltadas ao setor da mineração. O Governo de Mato Grosso do Sul assinou nesta quinta-feira (26), durante a abertura do evento Pantanal Tech, um termo que autoriza a elaboração de estudos técnicos para implantação de dois cursos na UEMS voltados à área: um tecnólogo e outro de engenharia de minas. A proposta surge como resposta direta à expansão da atividade mineral no município.

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul já iniciou os trâmites para viabilizar os projetos. Segundo o reitor Laercio Alves de Carvalho, o objetivo é estruturar a formação de trabalhadores que acompanhem o ritmo das transformações econômicas regionais. A expectativa é iniciar as turmas já em 2026, com 40 vagas para cada formação.

O curso tecnólogo em mineração será desenvolvido por meio de parceria com a prefeitura e com uma das mineradoras que atuam na cidade. De acordo com a UEMS, a comissão que vai conduzir os estudos de viabilidade já foi instituída. A nova grade faz parte de uma estratégia de qualificação voltada aos setores econômicos estratégicos do Estado.

Durante seu discurso na Pantanal Tech, o governador Eduardo Riedel destacou que a criação dos cursos atende diretamente à necessidade por mão de obra qualificada para atuar no setor de exportação de minério. Ele relembrou que Corumbá já possui forte produção mineral e que a demanda deve aumentar com a estruturação da Hidrovia do Rio Paraguai, que está em processo de concessão.

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Governo assina termo para estudos sobre a criação de cursos de mineiração em Corumbá. (Foto: Henrique Kawaminami / Campo Grande News)

Conforme publicado pelo Campo Grande News, Riedel mencionou ainda iniciativas semelhantes já adotadas no Estado, como o curso de floresta plantada criado em Ribas do Rio Pardo após a instalação de grandes indústrias de celulose. Segundo o governador, o modelo adotado busca alinhar a educação superior às vocações econômicas de cada região.

Na quarta-feira (25), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) aprovou o encaminhamento do relatório final da concessão da hidrovia ao Ministério de Portos e Aeroportos. O documento agora segue para o TCU. O trecho abrange o percurso entre Corumbá e Foz do Rio Apa, incluindo o Canal do Tamengo, rota usada para o escoamento de minério, grãos e combustíveis.

O avanço logístico é defendido por representantes do setor econômico como essencial para o desenvolvimento regional. Entretanto, ambientalistas alertam para possíveis impactos da concessão sobre o Pantanal, especialmente na dinâmica das águas e na conservação do bioma.

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