Vereador propõe medidas para enfrentar crise na Santa Casa de Campo Grande

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  • Post publicado:15 de maio de 2025

A situação crítica da Santa Casa de Campo Grande foi tema de uma Audiência Pública, realizada na Câmara Municipal nesta quarta-feira (14), para discutir alternativas que garantam o equilíbrio financeiro da unidade.

O hospital, referência em atendimentos de média e alta complexidade, acumula um déficit mensal de R$ 13 milhões nas contratualizações com o SUS, preocupando autoridades e gestores da área da saúde.

Durante o encontro, João Carlos Marchezan, diretor de Negócios e Relações Institucionais da Santa Casa, apresentou um panorama sobre a instituição, destacando que ela conta com 744 leitos e responde por 40% das internações na capital. Nos procedimentos de alta complexidade, a unidade cobre 62% da demanda estadual, chegando a 70% em Campo Grande.

Segundo ele, os casos mais graves, que exigem custos elevados, ficam concentrados no hospital, dificultando o equilíbrio entre os gastos e os repasses.

O vereador Dr. Victor Rocha, presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara, ressaltou que o problema exige um esforço conjunto entre Legislativo, Executivo, Ministério Público e sociedade civil para viabilizar soluções sustentáveis.

Ele defendeu a criação de uma frente de trabalho que envolva todas as esferas responsáveis pela gestão da saúde pública, reforçando a necessidade de ajustes financeiros e apoio institucional.

Temos um hospital que absorve uma demanda superior à sua capacidade, especialmente em áreas críticas como neurocirurgia, queimados e politraumatismos. Não podemos permitir que a Santa Casa perca sua capacidade de atendimento por falta de recursos. O momento exige união para que a população continue tendo acesso a uma assistência de qualidade”, afirmou o parlamentar.

Além da busca por novos investimentos, Dr. Victor Rocha também propôs medidas preventivas, voltadas para reduzir as filas por cirurgias eletivas e evitar que casos menos graves evoluam para quadros que demandam internações prolongadas. Ele tem atuado para ampliar o diálogo com os entes públicos e fortalecer o contrato da unidade hospitalar, garantindo estabilidade financeira para manutenção dos serviços essenciais.

A presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, reforçou que o hospital enfrenta dificuldades estruturais, agravadas por legislações recentes que elevaram os custos operacionais. “Nosso hospital é fundamental para a rede de urgência e emergência. Quando um paciente não consegue atendimento aqui, ele não tem outra alternativa. Precisamos de mais atenção e apoio para garantir nossa continuidade”, declarou.

O consenso ao final da audiência foi de que o caminho para enfrentar a crise depende de colaboração entre diferentes setores, com responsabilidade compartilhada e ações concretas que assegurem a sustentabilidade do hospital e a qualidade na assistência à população.

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