Ex-diretor da Agraer e empresários são alvos da PF por grilagem no Pantanal

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Ex diretor da Agraer André Nogueira Borges
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  • Post publicado:9 de maio de 2025

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (9) a Operação Pantanal Terra Nullius, para desarticular um esquema de grilagem de terras da União e fraudes envolvendo a emissão e venda de Cotas de Reserva Ambiental (CRA) no Pantanal sul-mato-grossense. A ação cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e um em Rio Brilhante, além do bloqueio de bens e valores que podem ultrapassar R$ 3 milhões.

Entre os investigados estão um ex-diretor da Agraer, empresários, engenheiros agrônomos e uma fazendeira. De acordo com a PF, o grupo atuava com falsificação de documentos para dar aparência de legalidade à ocupação de áreas públicas, incluindo terrenos dentro do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, localizado em faixa de fronteira e sob domínio federal.

Servidores da Agraer são suspeitos de participação no esquema

Segundo a investigação, os suspeitos inseriam documentos falsos em processos administrativos da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul (Agraer) para legitimar a posse de áreas públicas. A PF aponta que, de forma intencional, os envolvidos omitiram o fato de que as terras pertenciam à União, o que invalidaria qualquer decisão do Estado sobre sua titularidade.

A PF afirma ainda que, com o possível pagamento de propina, os processos seguiam trâmite normal até a emissão dos títulos irregulares. Em casos em que a fraude era identificada, os procedimentos eram cancelados sob alegações técnicas, mascarando o real motivo do encerramento.

Quem são os investigados

Entre os alvos estão:

  • André Nogueira Borges, servidor e ex-diretor da Agraer
  • Evandro Efigenio, procurador
  • Jadir Bocato e Josué Ferreira Caetano, engenheiros da Agraer
  • Mario Mauricio Vasques Beltrão e Bruna Feitosa Brandão, sócios da Toposat Engenharia
  • Nelson Luís Moía, funcionário da Toposat
  • Elizabeth Peron Coelho, dona de terras no Rio Negro
Dinheiro apreendido durante a operação (Foto/Divulgação/PF)

A Justiça também determinou o sequestro de bens e o bloqueio de valores dos investigados. Os crimes apurados incluem organização criminosa, grilagem de terras, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Na operação, foram apreendidos R$ 600 mil, além de documentos, notebook, celulares e veículos dos investigados

Denúncias anônimas podem ser encaminhadas pelo canal: https://forms.office.com/r/m75tcxze1v

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