Mais de 400 pessoas participaram de palestras realizadas em Paranaíba com foco na prevenção ao uso de cigarro eletrônico e produtos similares. A ação educativa, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) em parceria com a Vigilância Sanitária local, integra a estratégia estadual de enfrentamento ao uso desses dispositivos, especialmente entre adolescentes e jovens adultos.
As atividades ocorreram na Fipar (Faculdades Integradas de Paranaíba) e reuniram estudantes, profissionais da saúde e da educação. As palestras abordaram os impactos do consumo desses produtos na saúde pública, seus riscos socioeconômicos e as formas de atuação preventiva no ambiente escolar e comunitário.

Em complemento às ações de conscientização, a Vigilância Sanitária municipal, com apoio técnico da SES, realizou fiscalizações em três tabacarias do município. Os estabelecimentos, previamente denunciados, estavam comercializando cigarros eletrônicos, vaporizadores, essências para narguilé e acessórios de forma irregular. Durante as operações, foram apreendidos cerca de 400 maços de cigarros clandestinos e outros itens em desacordo com a legislação sanitária vigente.
Segundo o gerente de Apoio ao Sistema Estadual de Vigilância Sanitária da SES, Matheus Moreira Pirolo, a combinação de educação e fiscalização é essencial para conter o avanço do consumo de dispositivos eletrônicos para fumar. “A proteção da saúde pública passa pelo controle rigoroso da comercialização de produtos proibidos e pela educação da população”, afirmou. Ele destacou que a secretaria tem intensificado as ações em parceria com os municípios para reduzir os riscos associados ao tabagismo eletrônico.
Apesar da aparência moderna e de serem frequentemente vistos como menos nocivos, os cigarros eletrônicos oferecem riscos significativos à saúde. O uso contínuo pode provocar doenças como DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), lesões pulmonares, infarto, AVC, diversos tipos de câncer e forte dependência química causada pela nicotina.

Além do impacto direto na saúde, o consumo desses produtos gera custos elevados ao sistema público de saúde. Por isso, o Governo do Estado mantém aberto o canal de denúncias para a população por meio do Disque 136 (Ouvidoria do SUS) e do 151 (Procon), incentivando o envolvimento da sociedade na fiscalização da venda irregular.