Unidades prisionais de Mato Grosso do Sul estão passando por vistorias rigorosas como parte da sétima fase da Operação Mute. A ação, coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), tem como principal objetivo impedir a comunicação entre facções criminosas dentro das prisões e, consequentemente, reduzir a criminalidade nas ruas.
A fiscalização no estado está sob a responsabilidade da Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e da Diretoria de Operações (DOP) da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). As inspeções contam ainda com o apoio de equipes do Comando de Operações Penitenciárias (COPE) e são supervisionadas por um representante da Senappen.
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Nas unidades, policiais penais realizam buscas minuciosas em celas e pavilhões para apreender aparelhos celulares, frequentemente utilizados para coordenar atividades ilícitas. Em algumas localidades do país, a operação também inclui a recaptura de foragidos da Justiça.
A Operação Mute é considerada a maior já realizada pela Senappen, tanto em número de estados participantes quanto na mobilização de agentes penitenciários. Mais de 20 mil profissionais estão envolvidos em fiscalizações em mais de 500 unidades prisionais do Brasil, onde estão custodiadas cerca de 400 mil pessoas privadas de liberdade.
Impacto da comunicação ilícita no sistema prisional
O uso de celulares por detentos é um dos principais desafios da segurança pública. Para enfrentar essa realidade, a Diretoria de Inteligência Penitenciária (Dipen), da Senappen, promove a padronização de procedimentos e rotinas de fiscalização nos presídios, alinhando as estratégias das inteligências penitenciárias estaduais. Em Mato Grosso do Sul, essa metodologia é aplicada para reforçar o controle nas unidades.
Operação Mute
Nas seis fases anteriores da Operação Mute, foram apreendidos aproximadamente seis mil celulares em presídios de todo o país. A expectativa é de que, com o avanço da sétima fase, esse número aumente significativamente, enfraquecendo a atuação de facções criminosas e contribuindo para a segurança pública.
