O deputado estadual Lucas de Lima, atualmente sem partido, enfrenta o risco de perder seu mandato na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reverteu uma decisão anterior do Tribunal Regional Eleitoral de MS (TRE-MS) que havia autorizado sua saída do PDT por justa causa.
Com a mudança no cenário jurídico, o partido agora busca recuperar a cadeira, o que abriria espaço para a suplente Gláucia Iunes.

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Entenda a disputa judicial
A polêmica começou quando Lucas de Lima alegou sofrer perseguição política dentro do PDT e obteve no TRE-MS o direito de se desfiliar sem perder o cargo. Após isso, ele se filiou ao PL (Partido Liberal), com intenção de disputar as eleições municipais em 2024.
No entanto, o PDT contestou a decisão e recorreu ao TSE, que considerou que não havia justificativa válida para a saída do deputado. Com isso, sua desfiliação foi anulada e sua filiação ao PL se tornou irregular, já que a regra da fidelidade partidária determina que as vagas no Legislativo pertencem aos partidos, e não aos parlamentares.
Deputado tenta reverter decisão
Diante desse cenário, Lucas de Lima enviou um ofício ao PDT solicitando sua reintegração ao partido, mas a legenda ainda não se pronunciou sobre a solicitação.
“Foi uma decisão monocrática, foi decidida apenas por um ministro. Já entramos com recurso. Quando eu me desfiliei do PDT, foi autorizado pelo TRE-MS, não agi de má-fé. Já mandei ofício pedindo minha filiação novamente ao PDT. Não vejo problema”, declarou o deputado.
Enquanto aguarda um desfecho para o caso, o diretório do PDT mantém silêncio sobre a possibilidade de aceitar Lucas de Lima de volta, mas segue com o pedido para assumir a cadeira e garantir a posse de Gláucia Iunes como deputada estadual.
Ao Folha MS, a suplente relatou que aguarda com cautela a decisão da justiça e acompanha junto ao partido o desenrolar do processo.