A Polícia Militar do Mato Grosso do Sul (PMMS) anunciou a abertura de um processo administrativo para investigar denúncias de violência policial durante o Carnaval de Corumbá.
A medida foi tomada após relatos de foliões sobre agressões e reclamações de prejuízos por parte de comerciantes e ambulantes que trabalhavam no evento.
Em nota oficial, a corporação declarou que “reitera seu compromisso com a ética, o respeito e a integridade, salientando que não tolera qualquer tipo de comportamento que viole seus princípios e valores”. A Corregedoria-Geral da PMMS já tomou conhecimento da situação e deu início às providências necessárias para a apuração dos fatos.
Relatos de agressões
Segundo informações de foliões que registraram boletim de ocorrência na Delegacia da Polícia Civil de Corumbá, um grupo de amigos foram agredidos com golpes de cassetetes, após serem impedidos de acessarem uma área no circuito do carnaval.
“Estávamos apenas tentando explicar que o local dava acesso à região do Porto Geral, uma via pública, e que precisaríamos pegar o veículo que estava estacionado lá. Sem contar que outro amigo mora ali na Excalibur, é caminho para casa, tem carrinhos de lanche“, disse Marlon Vinícius, um dos jovens agredidos.

Ainda segundo o jovem, apesar da abordagem truculenta, em nenhum momento houve desrespeito à equipe policial. No entanto, ao informar que registraria a ação com o celular, um dos policiais, identificado como Ezequias, passou a agredir o grupo com um cassetete e ameaçou prendê-los.

Após serem atacados, três jovens precisaram serem encaminhados para atendimento médico no pronto-socorro. Um deles chegou a ficar desacordado e outro teve o nariz quebrado devido às agressões.
Prejuízos a comerciantes e ambulantes
Além das denúncias de violência, comerciantes que atuavam na Praça de Alimentação do evento alegam ter sido prejudicados. De acordo com relatos, a ação da polícia impactou diretamente o funcionamento dos estabelecimentos, resultando em perdas financeiras.
Alguns comerciantes também denunciaram ação truculenta dos policiais, no término do evento, obrigando o fechamento das barracas, mesmo com clientes ainda sendo atendidos.
A Polícia Militar informou que todas as circunstâncias relacionadas ao ocorrido serão analisadas no processo administrativo.