Inflação de 2025 deve encerrar o ano abaixo do limite superior da meta, com previsão de IPCA em 4,45% apontada pelo Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira 24.

O recuo nas projeções ocorreu após o resultado de outubro, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística registrou alta de preços de 0,09% no mês, a menor taxa para outubro desde 1998, e a inflação acumulada em 12 meses atingiu 4,68%.

A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional permanece em 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que fixa o teto em 4,5% e o piso em 1,5%.

Nas últimas semanas o mercado vem ajustando suas estimativas, com o Boletim Focus registrando 4,56% para 2025 há quatro semanas e 4,46% na edição anterior antes da revisão atual para 4,45%.

O mesmo boletim manteve as projeções de atividade econômica, com o Produto Interno Bruto estimado em crescimento de 2,16% para 2025, de 1,78% para 2026 e de 1,88% para 2027.

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros como principal instrumento, atualmente fixada em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária. Nos últimos encontros o Copom optou por manter a Selic por três reuniões consecutivas, sem descartar novas elevações caso julgue apropriado.

Em nota, o Banco Central destacou que o ambiente externo segue com incertezas por conta da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos influenciando as condições financeiras globais, e ressaltou que, apesar da desaceleração da atividade, a inflação ainda está acima do centro da meta, o que sustenta a necessidade de juros elevados por algum tempo.

As expectativas de mercado sobre a Selic apontam consistentemente para 15% ao final de 2025 há 22 semanas, com revisão para 2026 reduzida para 12% nesta edição do boletim, ante 12,25% das semanas anteriores, e projeção estável em 10,50% para 2027.

No câmbio, as previsões do mercado permanecem estáveis, indicando que o dólar deve encerrar 2025 cotado a R$ 5,40 e valer R$ 5,50 tanto em 2026 quanto em 2027.

As projeções inflacionárias para além de 2025 apontam 4,18% em 2026 e 3,80% em 2027, conforme as expectativas consolidadas no Boletim Focus.

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