A nova edição do levantamento Nomes do Brasil, divulgada recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revelou um dado curioso: Campo Grande é o único lugar do país com pessoas que têm “Dengue” como sobrenome. Segundo o Censo de 2022, apenas 29 brasileiros carregam essa alcunha — e todos residem em Mato Grosso do Sul, mais precisamente na Capital.
O estudo mostra que, entre os nomes e sobrenomes associados a doenças, o caso da família Dengue é o mais raro e concentrado do país. O fato de todas as ocorrências estarem em uma única cidade sugere que os portadores possam pertencer ao mesmo núcleo familiar.
Origem e curiosidades
De acordo com o IBGE, o sobrenome “Dengue” possui origem incerta, mas há registros do mesmo nome em países como o Reino Unido e o Canadá. Apesar da coincidência com a doença, o termo pode ter outro sentido etimológico.

A palavra dengue vem de possíveis raízes espanholas e, historicamente, já significou “manha”, “afetação” ou “melindre”, termos que remetem à forma abatida e sensível de quem está doente.
A dengue, no entanto, é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, podendo se manifestar de forma leve ou grave.
Além da “família Dengue”, o levantamento nacional identificou outros sobrenomes inusitados relacionados a doenças, como Gripe, Câncer, Verme, Aedes, Dor e Tosse — mas nenhum tão exclusivo quanto o registrado em Campo Grande.
Nomes do Brasil
O levantamento “Nomes do Brasil” permite consultar quantas pessoas têm determinado nome ou sobrenome no país, com detalhamento por estado, cidade, faixa etária e período de registros. A plataforma está disponível no site do IBGE, que também explica por que alguns nomes não aparecem na busca.
Segundo o órgão, apenas nomes com frequência mínima de 20 registros em todo o país são exibidos. Quando o número é menor, o dado é ocultado por “sigilo geográfico”, medida adotada para proteger a privacidade dos cidadãos.
O mesmo princípio vale para consultas restritas por estado (mínimo de 15 registros) e município (mínimo de 10). “Se o mapa ou o gráfico estiver incompleto, é o IBGE garantindo a segurança das informações dos brasileiros e das brasileiras”, informou o Instituto em nota técnica.
