MS tem segundo pior saldo de empregos de 2025, com retração de quase 50% em setembro

Mato Grosso do Sul registrou 1.379 empregos formais em setembro, segundo pior saldo de 2025. Construção civil liderou contratações, mas serviços e agropecuária fecharam no vermelho.
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Mato Grosso do Sul registrou em setembro o segundo pior saldo de empregos de 2025, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram abertas 1.379 vagas com carteira assinada, número que representa uma queda de 48,7% em relação a agosto, quando haviam sido criados 2.689 postos formais.

O resultado reflete a desaceleração nas contratações e o leve aumento nas demissões. O total de admissões caiu de 35.838 para 34.776 (-2,96%), enquanto os desligamentos subiram de 33.149 para 33.397 (+0,75%).

Setores da economia

Entre os cinco grandes grupamentos, três tiveram saldo positivo:

  • Construção civil: 3.383 admissões e 2.621 desligamentos → saldo de 762 vagas
  • Indústria: 5.774 contratações e 5.249 demissões → saldo de 525 postos
  • Comércio: 8.490 admissões e 8.070 desligamentos → saldo de 420 empregos

Já a agropecuária encerrou o mês com -125 vagas, e os serviços, apesar de liderarem em volume de contratações (12.086), também foram os que mais demitiram (12.289), resultando em -203 postos.

Saldo estadual e perfil das admissões

O saldo total do Estado representou apenas 0,20% de crescimento sobre o estoque de 701 mil empregos formais. O tempo médio de permanência dos desligados foi de 15 meses.

De janeiro a setembro, o Estado acumulou 30.869 vagas formais, resultado de 332.534 admissões e 301.665 desligamentos. O melhor desempenho do ano ocorreu em fevereiro, com 8.243 postos, mas desde então o ritmo vem diminuindo.

O perfil das contratações mostra predominância de mulheres e de jovens entre 18 e 24 anos, faixa etária mais presente nas novas admissões.

Cenário nacional

No Brasil, setembro registrou 213.002 empregos formais, fruto de 2.292.492 admissões e 2.079.490 desligamentos. No acumulado de 2025, o país soma 1.716.600 novas vagas, crescimento de 3,6% frente ao mesmo período de 2024.

O salário médio de admissão foi de R$ 2.286,34, com queda de R$ 20,61 em relação a agosto. Nacionalmente, 67% das vagas foram preenchidas por jovens de até 24 anos, e o saldo foi mais favorável aos homens (117.145) do que às mulheres (95.857).

Em coletiva, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, avaliou que os números estão “em linha com o ritmo de crescimento da economia, apesar dos juros ainda altos”.

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