Servidor do CAC é autuado por desviar e vender material da Prefeitura a comerciante em Corumbá

Servidor da Prefeitura de Corumbá é detido por desviar e vender material de escritório. Polícia Civil investiga venda de caixas de papel A4 identificadas como patrimônio público.
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Um servidor público da Prefeitura de Corumbá foi autuado após confessar o desvio e a venda de material de escritório pertencente ao município. A investigação conduzida pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil revelou que caixas de papel A4, identificadas com adesivos da Prefeitura, estavam sendo comercializadas em redes sociais por valores de R$ 25,00 a resma e R$ 230,00 a caixa com dez unidades.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, ao qual a reportagem do Folha MS teve acesso, a apuração começou após denúncia de um servidor municipal que identificou indícios de que o material anunciado nas redes sociais era patrimônio público.

Após a denúncia e em posse das informações, os investigadores localizaram o comerciante responsável pelo anúncio em uma empresa de veículos no bairro Popular Nova, onde ele inicialmente alegou o material que anunciava nas redes, teria sido adquirido pelo seu patrão, proprietário do estabelecimento.

O homem, ao ser questionado a respeito da procedência do material, inicialmente disse ter adquirido os papéis no Paraguai.

Confrontado com a identificação da Prefeitura nas embalagens, o comerciante apresentou versões contraditórias e acabou confessando que havia comprado as caixas ao longo de meses de um servidor municipal.

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Material de escritório era desviado do CAC

Ele ainda apresentou o comprovante de PIX no valor de R$ 350,00, datado de 23 de janeiro de 2025, como prova da transação.

Durante o registro da ocorrência, o servidor apontado como responsável pelos desvios, lotado no Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC), compareceu à delegacia e admitiu ter retirado as caixas de papel do estoque da Prefeitura.

Ele confirmou que vendeu o material ao comerciante por valores entre R$ 130,00 e R$ 150,00 cada, reconhecendo que ambos tinham ciência da origem ilícita dos insumos.

Conforme apurado pela reportagem, os dois comerciantes, foram autuados em flagrante pelo Art. 180 Receptação Qualificada: Pena de 3 a 8 anos.

Como são bens, patrimônio do Município, a pena aumenta para o dobro, ou seja, de 6 a 16 anos de reclusão. Já o servidor identificado como autor, como não se encontra em flagrante, será ouvido, autuado e deve responder o processo em liberdade.

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