O mercado financeiro brasileiro reagiu de forma positiva nesta segunda-feira (27/10), um dia após a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão em 147.969 pontos, com alta de 0,55%, renovando o recorde histórico. Já o dólar comercial caiu 0,42%, sendo vendido a R$ 5,37, no menor patamar desde 8 de outubro.
Durante o dia, a moeda norte-americana chegou a tocar R$ 5,36 na mínima. Apesar da queda, ainda acumula alta de 0,88% em outubro, mas apresenta recuo de 13,11% em 2025. O desempenho positivo da bolsa também reverteu as perdas do mês, que agora registra avanço de 0,5%.
Cenário internacional e doméstico
O alívio nos mercados foi influenciado por fatores externos e internos. No plano internacional, o encontro entre Lula e Trump reduziu tensões sobre a relação bilateral e trouxe expectativa de avanços comerciais. Além disso, o S&P 500, índice que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos, também bateu recorde na segunda-feira, reforçando o otimismo global.
Outro ponto relevante foi o anúncio de Trump, no domingo (26), sobre a reabertura das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. A notícia impulsionou os preços das commodities, beneficiando países emergentes como o Brasil. Para quinta-feira (30), está previsto um encontro entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping, que pode ampliar a confiança dos investidores.
No cenário doméstico, a desaceleração da prévia da inflação em outubro contribuiu para o bom humor do mercado. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, reduziu a projeção da inflação oficial para 2025, de 4,70% para 4,56%, reforçando a percepção de controle dos preços.

