O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou nesta segunda-feira (20) que a Bolívia será sede de uma edição da Copa do Mundo, embora não tenha especificado a data nem a categoria do torneio. A declaração foi feita em La Paz, durante a cerimônia de comemoração dos 100 anos da Federação Boliviana de Futebol (FBF).
“Vamos trazer uma Copa do Mundo para cá, claro, é evidente; vamos ver, vamos conversar sobre qual Copa do Mundo estamos falando”, disse Infantino, em discurso que surpreendeu dirigentes e torcedores.
Apoio político e cenário sul-americano
Infantino esteve acompanhado do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, e do novo presidente da Bolívia, Rodrigo Paz. Domínguez chegou a brincar que cobraria a promessa feita pelo dirigente máximo do futebol mundial. “Vamos começar a conversar com o presidente eleito”, completou Infantino.
A escolha das sedes da Copa do Mundo é feita por votação entre mais de 200 federações filiadas à Fifa, mas a entidade pode atuar nos bastidores para viabilizar a candidatura de um país, como ocorreu no processo que levou a Arábia Saudita a ser confirmada como sede do Mundial de 2034.
Desafios da altitude e possibilidades
Um dos principais obstáculos para a Bolívia receber um Mundial é a altitude de La Paz, situada a 3.650 metros acima do nível do mar. A dificuldade de adaptação de jogadores acostumados a atuar em regiões de baixa altitude é frequentemente apontada como um problema. Por isso, especialistas avaliam que, caso a promessa seja cumprida, a tendência é que o país receba uma Copa do Mundo de categorias de base ou feminina, em vez da competição principal.
Seleção boliviana e próximos passos
Enquanto aguarda a definição sobre a promessa, a seleção da Bolívia se prepara para disputar a repescagem das Eliminatórias da Copa de 2026, marcada para março, no México. A imprensa local relembrou que, em 2016, o então presidente Evo Morales já havia solicitado a Infantino que a Bolívia fosse sede de uma competição em 2025, ano do bicentenário do país, o que não se concretizou.
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