A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, foi anunciada nesta sexta-feira (10) como a vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025. O Comitê Norueguês do Nobel destacou que a escolha se deu pelo seu “trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
Durante o anúncio, o comitê afirmou que Machado ajudou a “manter a chama da democracia acesa em meio a uma escuridão crescente”, ressaltando sua importância como símbolo de resistência em um país marcado por perseguições políticas e repressão.
Contexto da premiação
- Machado foi impedida de disputar as eleições presidenciais de 2024 pelo regime de Nicolás Maduro, mas apoiou o diplomata Edmundo González Urrutia, que a oposição considera o verdadeiro vencedor do pleito.
- Mesmo sob ameaças e vivendo na clandestinidade, ela permaneceu na Venezuela, o que, segundo o comitê, inspirou milhões de cidadãos a continuar lutando por democracia.
- A escolha do nome de Machado também foi interpretada como um gesto político em um ano em que o presidente dos EUA, Donald Trump, vinha declarando publicamente que merecia o Nobel da Paz. Especialistas, no entanto, já apontavam que ele não seria contemplado, por estar associado a políticas vistas como contrárias à ordem internacional valorizada pelo comitê.
Sobre o Nobel da Paz
- O prêmio é avaliado em 11 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,2 milhão) e será entregue em 10 de dezembro, em Oslo, na Noruega, data que marca o aniversário da morte de Alfred Nobel, criador da premiação em 1895.
- Desde sua criação, o Nobel da Paz busca reconhecer indivíduos e organizações que atuam em prol da paz, da democracia e dos direitos humanos em contextos de conflito ou repressão.
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