Quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol estão em investigação em Mato Grosso do Sul. Três deles ocorreram em Campo Grande — incluindo a morte de um jovem de 21 anos — e o quarto foi registrado em Ladário, conforme informou o Ministério da Saúde nesta sexta-feira (3).
A primeira morte suspeita foi registrada na quinta-feira (2). Matheus Santana Falcão, de 21 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória. A Polícia Civil apura se ele foi intoxicado após consumir whisky e cachaça nos dias 27 e 28 de setembro. As bebidas foram compradas em uma conveniência no bairro Jardim Colibri, e a Vigilância Sanitária recolheu amostras para verificar a presença de metanol.
Comerciantes terão dez dias úteis para reforçar o controle na venda de bebidas alcoólicas, conforme determinação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Entre as exigências estão a verificação dos produtos no momento da entrega, a guarda de imagens de câmeras de segurança e notas fiscais, além da observação de sinais de adulteração. Em caso de suspeita, a comunicação deve ser feita à Vigilância Sanitária, à Polícia Civil e ao Ministério da Agricultura.
Fiscalização e medidas de controle
A Associação de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul (Abrasel-MS) e a Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (AMAS-MS) também receberam prazo de dez dias úteis para informar se vão cumprir as recomendações.
Na sexta-feira (3), a Operação Metanol vistoriou 12 bares da rua 14 de Julho, em Campo Grande. A ação foi realizada pela Guarda Civil Metropolitana em conjunto com a Vigilância Sanitária. Nenhuma irregularidade foi encontrada durante a fiscalização.