O incêndio na Serra do Amolar registrado desde sábado (27) passará a ser combatido nesta terça-feira (30) com reforço aéreo. Duas aeronaves da Defesa Civil de Mato Grosso do Sul foram enviadas pela manhã e, no início da tarde, um helicóptero do Ibama, vindo do Xingu (entre Pará e Mato Grosso), deve se juntar à operação. A região é considerada santuário ecológico e patrimônio natural da humanidade, o que aumenta a preocupação com a preservação.
Segundo o coordenador do PrevFogo/Ibama em MS, Marcio Yule, a prioridade é impedir que as chamas avancem pelas encostas. “A meta é não deixar o fogo descer”, afirmou, ao estimar que o combate pode durar de dois a três dias.

O fogo começou após um raio atingir a Serra do Amolar no sábado. Houve registro de chuva naquele dia, mas a precipitação não foi suficiente para conter as chamas. No domingo (28), o sistema de monitoramento do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) já identificava a evolução do foco, que podia ser visto do alto das morrarias.
Na segunda-feira (29), o presidente do IHP, Angelo Rabelo, confirmou a suspeita da origem e destacou a importância do apoio aéreo. “Nesse caso, é imprescindível o combate aéreo”, disse, lembrando que os morros da região são de difícil acesso por terra.
A Brigada Alto Pantanal, mantida pelo IHP, já atua na área desde o início do incêndio, mas a topografia acidentada limita a ação terrestre. Por isso, o envio das aeronaves foi considerado fundamental por Rabelo, que demonstrou preocupação com o tempo de deslocamento dos equipamentos até a região.

Este é o primeiro incêndio registrado em 2025 na Serra do Amolar, justamente no fim do período seco, quando o Pantanal e outras áreas florestais do Estado ficam mais vulneráveis. Em 2024, a região enfrentou diversos focos de fogo, alguns iniciados no território boliviano, o que exigiu cooperação entre os dois países e dificultou respostas rápidas.