O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) marcou para o dia 2 de outubro uma audiência pública em Corumbá para discutir os impactos ambientais do projeto que pretende dobrar a mineração no município. O encontro será às 19h, no Centro de Convenções do Pantanal, na Rua Domingos Sahib, 570, e terá também transmissão ao vivo pelo canal do Imasul no YouTube.

A proposta é da Lhg Mining, empresa do grupo J&F, que planeja investir R$ 4 bilhões na ampliação da mina da Serraria de Santa Cruz. O Relatório de Impacto Ambiental (Rima) será apresentado durante a audiência.

O projeto prevê aumentar a produção anual de 12 milhões de toneladas para 25 milhões de toneladas de minério de ferro e manganês. A mina está em operação desde 1978, inicialmente sob responsabilidade da Mineração Corumbaense Reunida (MCR), vendida em 1991 para a Rio Tinto Brasil e posteriormente adquirida pela Vale S.A. em 2009. Em 2022, a Lhg Mining assumiu as atividades após comprar a MCR.

No pico das obras de expansão, serão mobilizados cerca de 4.300 trabalhadores, entre mão de obra direta e indireta. A estrutura contará com alojamento para 2.600 operários e transporte diário em aproximadamente 60 ônibus, além de vans de apoio.

Localizada a 58 km de Corumbá e a 430 km de Campo Grande, a mina é acessada pela BR-262. A região é considerada uma das mais ricas em minérios do país, com destaque para o ferro e o manganês. O ferro da Morraria Santa Cruz é altamente valorizado pela indústria siderúrgica, enquanto o manganês é essencial na produção de ligas metálicas utilizadas em diversos setores industriais.

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