O avanço das chamas na região do Forte Coimbra, em Corumbá, colocou em alerta as equipes de combate ao fogo no Pantanal neste fim de semana. O incêndio, que teve início em território boliviano na sexta-feira (5), se espalhou rapidamente em direção ao Brasil, impulsionado por ventos fortes e pela vegetação seca da área.
Imagens aéreas captadas por drone revelam a extensão da área atingida, com uma linha contínua de fogo que se desloca com velocidade. O cenário exigiu resposta imediata do Corpo de Bombeiros, que iniciou as ações ainda na sexta-feira com a equipe da base avançada instalada no Forte.
No sábado pela manhã, um avião Air Tractor foi incorporado à operação para reforçar o combate. Segundo o comandante do 3º Grupamento de Bombeiros de Corumbá, tenente-coronel Pablo Diego Barros de Jesus, este é o primeiro foco de grandes proporções registrado no bioma em 2025. “Até agora, os focos que surgiram foram pontuais e controlados com rapidez. Este exige uma mobilização maior”, afirmou.
Além da aeronave, uma nova guarnição com três militares foi enviada à região com viatura e equipamentos. O comandante também informou que, conforme a evolução do incêndio, outras equipes poderão ser acionadas para ampliar a resposta.
A área atingida está próxima a Porto Murtinho, em uma zona de difícil acesso, o que torna o trabalho dos bombeiros ainda mais desafiador. O fogo, que cruzou a fronteira, reacende o debate sobre a cooperação internacional no enfrentamento de incêndios florestais e a importância de ações preventivas em regiões de fronteira.