Suspeita de sarampo em bebê acende alerta na fronteira de MS

Suspeita de sarampo em bebê de Ponta Porã leva MS a reforçar vacinação e medidas preventivas na fronteira com o Paraguai.
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  • Post publicado:6 de setembro de 2025

A Vigilância em Saúde de Ponta Porã acompanha a investigação de um possível caso de sarampo em uma criança de 8 meses. A suspeita surge em um momento de atenção redobrada, já que o Paraguai, país vizinho, enfrenta surto da doença e a proximidade aumenta o risco de reintrodução do vírus no Brasil, que não registra casos desde 2020.

O Ministério da Saúde alerta que, embora o vírus não circule atualmente no território nacional, a situação nas fronteiras exige ações rápidas. No Mato Grosso do Sul, protocolos de prevenção já estão em andamento, incluindo a aplicação da chamada “dose zero” — vacina destinada a bebês de 6 a 11 meses e 29 dias, antes das doses de rotina previstas para 12 e 15 meses. Também estão sendo realizados bloqueios vacinais em pessoas que tiveram contato com casos suspeitos, busca ativa de indivíduos com sintomas e ações educativas para conscientizar a população.

Sarampo

O sarampo é causado pelo Morbillivirus e transmitido por secreções respiratórias. Uma pessoa infectada pode contagiar até 90% das pessoas próximas que não estejam imunizadas. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, manchas avermelhadas na pele, tosse seca, mal-estar, conjuntivite, coriza e perda de apetite. Em casos mais graves, pode evoluir para pneumonia, encefalite, desidratação e enfraquecimento do sistema imunológico.

A vacinação é a principal forma de prevenção. O SUS disponibiliza as vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tetra viral (mesmas doenças mais varicela), além da dupla viral (sarampo e rubéola). A imunização de rotina é indicada para pessoas de 12 meses a 59 anos, e em áreas de risco aplica-se a dose zero para crianças menores de um ano.

O Brasil, que já foi referência mundial em imunização por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), conseguiu eliminar doenças como pólio, rubéola e tétano neonatal. No entanto, a queda na cobertura vacinal desde meados da década passada preocupa especialistas e reforça a importância de manter a adesão às campanhas.

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