A senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou que não descarta disputar a vice-presidência da República em 2026, mas condiciona qualquer movimento à escolha do nome que liderará a chapa da direita.
“Dizer que eu não gostaria [de ser candidata a vice] não é verdade. Eu estaria aqui sendo falsa. Mas eu gostaria de ser vice de quem? Quem é o candidato? Eu nunca soube que tinha eleição para vice. Tem eleição para presidente”, declarou em entrevista à Folha de S. Paulo.
Para ela, a prioridade é definir o cabeça de chapa e, a partir daí, discutir composições. Tereza citou como opções já ventiladas os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Jr. (PSD-PR), mas cobrou clareza sobre os projetos que cada um pretende apresentar.
“Os nomes que estão postos são muito bons. É questão de escolher e saber o mais viável e que tem o melhor projeto para o Brasil. Acho que quem vier tem que trazer uma proposta robusta para esse país do caminho que a gente quer dar a ele”, afirmou.
A senadora também comentou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, iniciado em 2 de setembro, dizendo acreditar que o processo pode resultar em novas sanções dos Estados Unidos ao Brasil. Ela lembrou que integrou missão oficial a Washington para tentar reverter tarifas impostas pelo então presidente Donald Trump e responsabilizou o governo Lula pelo agravamento da situação. “Faltou diálogo do governo com Washington”, disse.
Tereza não poupou críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por apoiar publicamente as medidas de Trump. “Ele é filho, ele tem as razões dele, enfim, os métodos dele. Eu não faria isso, eu jogo pelo Brasil”, afirmou.
Ao falar sobre o posicionamento do PP no cenário nacional, defendeu que a legenda entregue os cargos que ocupa no governo federal, como o Ministério do Esporte, comandado por André Fufuca, e a presidência da Caixa Econômica Federal, sob Carlos Antônio Vieira Fernandes.
“A gente precisa começar a colocar as coisas nos seus devidos lugares. Quem é oposição é oposição mesmo, quem é da base é da base. O eleitor precisa saber quem nós somos”, concluiu.