Fernando Rufino conquista tetracampeonato mundial e mantém hegemonia na paracanoagem

Fernando Rufino conquista tetracampeonato mundial de paracanoagem em Milão e mantém domínio na prova de 200m VL2.
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  • Post publicado:24 de agosto de 2025

O sul-mato-grossense Fernando Rufino, conhecido como “Cowboy de Aço”, voltou a brilhar nas águas internacionais ao conquistar seu quarto título no Campeonato Mundial de Paracanoagem, disputado neste sábado (23) em Milão, na Itália. Na final dos 200 metros da classe VL2, o paratleta cruzou a linha de chegada em 51s80, garantindo a medalha de ouro e repetindo a dobradinha brasileira com Igor Tofalini, que ficou com a prata ao marcar 51s84.

O resultado coroou mais um dia de conquistas para o Brasil, que encerrou a competição com quatro medalhas: além do ouro de Rufino, o país somou duas pratas — com Tofalini e Luís Carlos Cardoso (KL1M200m) — e um bronze com Giovane Vieira de Paula (VL3M200m). A vitória reforça a supremacia de Rufino na prova, que já havia dominado nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, quando também superou Tofalini e estabeleceu o recorde paralímpico com 50s47.

rufino2 Fernando Rufino
Foto: Fábio Canhete – CBCa

A trajetória do atleta no Mundial começou em 2021, com o título conquistado em Copenhague, na Dinamarca. Dois anos depois, ele repetiu o feito em Duisburg, na Alemanha, e, em 2024, alcançou o tricampeonato em Szeged, na Hungria. Agora, o tetracampeonato confirma que Rufino segue imbatível na distância e na categoria.

Especialista na remada com canoa, que exige força de tronco e braços, o paratleta é também bicampeão paralímpico, com ouros conquistados em Tóquio 2020 e Paris 2024. Natural de Eldorado e morador de Itaquiraí, no interior de Mato Grosso do Sul, Rufino mantém viva sua ligação com as origens, sempre usando o tradicional chapéu de couro que remete ao tempo em que era peão de rodeio.

Superação

Sua história de superação começou após um grave acidente em 2005, quando foi atropelado por um ônibus e perdeu parte dos movimentos das pernas. Em 2012, incentivado pelo treinador Admir Arantes, iniciou na canoagem no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. Desde então, transformou-se em um dos maiores nomes do esporte paralímpico brasileiro, acumulando títulos e inspirando novas gerações.

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