Brasil e Bolívia avançam em tratativas para construir nova hidrelétrica binacional

Brasil e Bolívia discutem construção de hidrelétrica binacional no Rio Madeira, inspirada no modelo de Itaipu.
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A possibilidade de erguer uma nova hidrelétrica binacional no Rio Madeira, em parceria com a Bolívia, entrou na pauta do governo brasileiro como parte da estratégia de retomada de grandes projetos de geração de energia. A proposta, inspirada no modelo de Itaipu, busca aproveitar o potencial hídrico da região e fortalecer a integração energética entre os dois países.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que já há diálogo técnico com autoridades bolivianas para viabilizar o empreendimento. Segundo ele, a cooperação é vista como um passo importante para ampliar a matriz elétrica com fontes renováveis e garantir segurança energética a longo prazo.

O anúncio foi feito durante a apresentação dos resultados do mais recente leilão de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que contratou 816 megawatts de potência com deságio de 3,16%. O certame, que contou com 65 empreendimentos vencedores, prevê investimentos de cerca de R$ 8 bilhões e deve beneficiar 13 estados.

Entre os projetos aprovados, Santa Catarina lidera com 27 PCHs, seguida por Paraná (11), Rio Grande do Sul (7), Mato Grosso (6), Goiás (4), Mato Grosso do Sul (2), Rio de Janeiro (2) e outros estados com uma unidade cada. A Região Sul concentrou a maior parte das obras, com 45 empreendimentos.

Silveira destacou que o leilão bateu recorde de participação, com 241 projetos cadastrados para um total de 3 mil megawatts de potência. Para ele, o resultado reforça a confiança do setor e abre espaço para que o país avance também em iniciativas de maior porte, como a possível hidrelétrica binacional com a Bolívia.

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