Parceria entre Onçafari e IHP fortalece prevenção de incêndios no Pantanal

Prevenção de incêndios no Pantanal é reforçada por parceria que atua em mais de 285 mil hectares.
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  • Post publicado:21 de agosto de 2025
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A união entre o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o Onçafari tem por objetivo ampliar as ações para prevenção de incêndios em regiões críticas do Pantanal. A colaboração entre as duas organizações não governamentais foi anunciada para manter ativa a Brigada Alto Pantanal, que atua em territórios de Aquidauana (MS), Paiaguás (Corumbá) e Barão de Melgaço (MT), somando mais de 285 mil hectares de áreas preservadas, habitat de espécies como onça-pintada, tamanduá e anta.

Criada pelo IHP em 2021, a brigada já desenvolvia atividades de prevenção de incêndios, educação ambiental, recuperação de áreas degradadas e apoio a comunidades. Com a entrada do Onçafari, houve transferência de tecnologia e conhecimento para ampliar o alcance das ações e intensificar a proteção em pontos estratégicos.

O trabalho conjunto segue alinhado à Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PNMIF), validada em julho de 2024. Antes mesmo do período de maior risco — historicamente entre agosto e outubro —, as equipes já realizaram plantio de mudas, mapeamento de áreas vulneráveis, construção de aceiros e identificação de locais com acúmulo de vegetação seca. Essas medidas visam reduzir a propagação das chamas e facilitar o controle em caso de incêndios.

A região do Alto Pantanal, onde a brigada concentra parte de suas atividades, está localizada na divisa entre Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Bolívia, abrangendo a Serra do Amolar. Essa área é considerada estratégica para a conservação, por reunir ecossistemas variados e grande diversidade de fauna e flora.

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Foto: Edu Clicks/IHP

Entre 2020 e 2024, o Pantanal enfrentou a pior estiagem em mais de um século. Em 2024, o nível do rio Paraguai chegou a -0,69 cm na régua da Marinha do Brasil em Ladário (MS), indicador do agravamento da seca. A estiagem elevou o risco de queimadas: em 2020, o fogo atingiu cerca de 26% do bioma e provocou a morte de aproximadamente 17 milhões de animais vertebrados, segundo estudo da Embrapa Pantanal. No ano passado, as chamas alcançaram 17% do território.

A parceria também prevê apoio direto às comunidades locais, com ações de conscientização e treinamento para prevenção de incêndios. Brigadistas atuam lado a lado com moradores para identificar riscos, orientar sobre práticas seguras e reforçar a importância da preservação ambiental.

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O planejamento das instituições inclui a continuidade das atividades até o fim do ano, com intensificação durante o período mais crítico. A expectativa é que a cooperação aumente a capacidade de resposta e reduza os impactos ambientais, preservando a biodiversidade e garantindo a manutenção dos ecossistemas pantaneiros.

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