O advogado Leonardo Salles deixou a defesa de Renê da Silva Nogueira Júnior, investigado pela morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, ocorrida em Belo Horizonte no dia 11 de agosto. A renúncia foi formalizada nesta segunda-feira (18) e anexada ao processo judicial.
Em nota enviada ao portal UOL, Salles informou que a decisão foi tomada por “motivo de foro íntimo”, após uma conversa com o empresário, que permanece preso preventivamente desde o dia do crime. O conteúdo do diálogo entre os dois não foi divulgado. Até o momento, não há manifestação pública da nova defesa de Renê.
O empresário nega envolvimento no assassinato, mas a Polícia Civil afirma ter reunido “uma gama de provas” que indicam sua responsabilidade pelo disparo que atingiu Laudemir. O caso segue sob investigação.
Segundo o inquérito, o crime aconteceu durante a coleta de lixo em uma rua da capital mineira. Renê teria pedido à motorista do caminhão que retirasse o veículo da via. Ao receber a resposta de que havia espaço suficiente para a passagem, ele se irritou e ameaçou atirar. Os garis tentaram intervir, e em seguida, Renê efetuou um disparo que atingiu Laudemir no tórax.
A vítima foi socorrida e levada ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu aos ferimentos. Após o ocorrido, a polícia esteve na residência do empresário e da esposa dele, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira. Duas armas registradas em nome dela foram apreendidas, incluindo a que teria sido usada no crime.
Ana Paula prestou depoimento à Corregedoria e teve o celular recolhido para análise. Ela não estava presente no momento do disparo e, até agora, não é investigada por envolvimento no caso. Renê deve responder por homicídio duplamente qualificado, posse irregular de arma de fogo e ameaça.
