Corumbá (MS) – A Polícia Federal confirmou que uma servidora efetiva do município de Ladário é suspeita de ter papel central em um esquema de falsificação de contracheques, usado para obter empréstimos consignados de forma fraudulenta junto à Caixa Econômica Federal.
Conforme as investigações, a funcionária teria cedido dados e documentos de servidores municipais, sem o consentimento deles, para a produção de holerites falsos que indicavam vínculos inexistentes com a prefeitura. Com os documentos adulterados, integrantes do grupo criminoso conseguiam contrair empréstimos em nome de terceiros, que não quitavam os empréstimos, causando prejuízo à Caixa Econômica Federal.
O esquema, que já era alvo de apuração, resultou nesta sexta-feira (15) no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal, mobilizando cerca de 20 policiais. Durante a operação, foram recolhidos aparelhos eletrônicos e documentos que passarão por perícia.
A organização criminosa investigada é formada por 19 pessoas, grande parte com laços familiares, e teria causado prejuízo superior a R$ 2 milhões de reais. Apesar da gravidade dos fatos, a Polícia Federal destacou não haver qualquer indício de participação de autoridades políticas ou de outros servidores do município, concentrando-se a conduta ilícita na atuação isolada da servidora investigada.
As investigações prosseguem para apurar a participação de todos os envolvidos e detalhar a atuação da acusada no grupo, que, segundo a PF, operava de forma estruturada e direcionada à obtenção de vantagens ilícitas por meio de documentação funcional falsificada.
Logo após a divulgação da operação nesta sexta-feira, o atual prefeito do município, Munir Saqueq Ramunieh, veio a público por meio de uma nota, onde atribui a operação, referente a uma ação da PF contra a gestão do ex-prefeito Iranil Soares. O fato foi desmentido pela PF. Nota oficial com o mesmo teor, também foi divulgada pela administração municipal nas redes sociais.
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