A punição imposta pela Fifa ao Corinthians por conta de uma dívida relacionada à contratação do zagueiro Félix Torres gerou um bloqueio imediato na inscrição de novos jogadores. A sanção, conhecida como transfer ban, foi oficializada após o clube não cumprir o prazo final para quitar o débito com o Santos Laguna, que venceu no dia 11 de agosto. O chamado “transfer ban” marca o centro da crise que afeta diretamente o planejamento esportivo da equipe.
O valor total da dívida gira em torno de US$ 6,145 milhões, o equivalente a R$ 33,47 milhões na cotação atual. O clube mexicano afirma que apenas a primeira parcela, de US$ 2 milhões, foi paga. A segunda, vencida em maio de 2024, não foi quitada, o que levou o Santos Laguna a recorrer à Fifa para exigir o restante do pagamento. A entidade máxima do futebol acatou a reclamação e determinou a suspensão do direito do Corinthians de registrar atletas por três janelas de transferências.
Mesmo com tentativas de negociação ao longo do último dia antes do prazo, os dirigentes corintianos não conseguiram chegar a um acordo com os representantes do Santos Laguna. A alternativa jurídica também foi frustrada: o recurso apresentado à Corte Arbitral do Esporte (CAS) foi negado em 4 de agosto, consolidando a obrigação de pagamento e a iminência da punição.
Além das parcelas pendentes, que somam US$ 4,5 milhões (R$ 24,8 milhões), o Corinthians terá de arcar com uma multa de US$ 675 mil (R$ 3,7 milhões) pelo atraso, mais juros anuais de 18%, calculados desde maio de 2024, o que representa um acréscimo de US$ 810 mil (R$ 4,4 milhões). Há ainda uma penalidade adicional de US$ 30 mil (R$ 165 mil) imposta pela própria Fifa.
Apesar da sanção, o atacante Vitinho, anunciado na segunda-feira, teve seu nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF às 12h13, antes da oficialização do bloqueio. Com isso, o jogador está regularizado e poderá atuar normalmente, já que seu registro foi feito antes da restrição entrar em vigor.