A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (12) a Operação Rastro Cirúrgico para combater crimes de peculato, desvio de recursos públicos e fraudes em licitações e contratos administrativos envolvendo verbas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Selvíria (6), Aparecida do Taboado (3), ambos em Mato Grosso do Sul, e São José do Rio Preto (4), em São Paulo. A ação também incluiu bloqueio e sequestro de bens no valor de R$ 5 milhões por pessoa física ou jurídica investigada, além de afastamento de servidores públicos e proibição de contratar com o poder público.
Entre os alvos está o atual secretário municipal de Saúde de um dos municípios investigados. Durante as diligências, foram apreendidos veículos, motocicletas de alto valor, armas e pedras preciosas.




Segundo a PF, as investigações identificaram indícios de inexecução contratual, superfaturamento, sobrepreço e a existência de múltiplos contratos com objetos idênticos, vigência simultânea e mesmas partes contratantes, resultando em pagamentos duplicados por procedimentos médicos e cirurgias. Uma das clínicas contratadas sequer existia fisicamente.
A operação foi autorizada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), em razão de um dos investigados ter foro por prerrogativa de função. A ação foi coordenada pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).