De janeiro até o fim de julho, Mato Grosso do Sul ultrapassou a marca de 13 mil casos prováveis de dengue, segundo dados da 30ª semana epidemiológica, divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde. Desse total, 7.636 casos foram oficialmente confirmados.
Desde o início do ano, a doença causou 17 mortes em 15 municípios, entre eles Campo Grande, Dourados, Aquidauana, Ponta Porã e Nova Andradina. Outras sete mortes seguem em investigação. Entre as vítimas, seis tinham comorbidades.
A vacinação contra a dengue segue em andamento. Até o momento, 181.578 doses foram aplicadas no público-alvo, formado por crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. O esquema é de duas doses, com intervalo de três meses. O Estado recebeu 241.030 vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde.
Apesar da mobilização, a presença da doença ainda preocupa. Nas últimas duas semanas, houve baixa incidência de casos confirmados em cidades como Sidrolândia, Corumbá, Aparecida do Taboado, Maracaju, Costa Rica, Paranaíba, Itaporã, Bonito, Nioaque e Paraíso das Águas. Mesmo assim, o cenário ainda exige atenção, especialmente pelas condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito transmissor.
Casos de Chikungunya também preocupam
A chikungunya também tem se espalhado pelo Estado, com 13.613 notificações de casos prováveis, das quais 6.629 foram confirmadas. A doença afetou inclusive gestantes — já são 70 casos registrados entre mulheres grávidas.
Até o momento, 16 pessoas morreram em decorrência da chikungunya em cidades como Maracaju, Sidrolândia, Dourados, Iguatemi, Glória de Dourados e Fátima do Sul. Do total de vítimas, 12 apresentavam comorbidades.
As autoridades reforçam a importância da vacinação e da eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão das duas doenças.