Uma mulher foi assassinada a tiros na zona rural de Corumbá, em uma fazenda situada na região do Pantanal, onde trabalhava como caseira ao lado do companheiro. O feminicídio foi registrado neste sábado (2), na Fazenda Vai Quem Quer, localizada a cerca de 29 quilômetros do pesqueiro Passo do Lontra. O autor do crime foi preso em flagrante pela Polícia Militar após confessar que matou a vítima com um disparo no rosto durante uma briga.
Segundo informações do boletim de ocorrência, o autor contou o relato do denunciante à Polícia Civil, o casal havia ingerido bebida alcoólica durante a tarde e, após uma discussão, o suspeito disparou contra a mulher dentro do quarto onde dormiam, mesmo com cinco crianças presentes — três filhos dele e dois filhos dela, todos com idades entre 2 e 8 anos. As crianças foram encontradas no cômodo ao lado do corpo da vítima e retiradas do local em estado de choque.
A guarnição da Polícia Militar chegou à fazenda por volta das 23h, após ser alertada informalmente pelo gerente de um pesqueiro nas imediações, que soube do crime por terceiros.
Ao localizar o imóvel, a equipe encontrou a porta dos fundos trancada por dentro com uma corrente. Diante da suspeita de que o autor pudesse estar no interior do imóvel, os policiais se aproximaram e iniciaram a comunicação com o indivíduo.
Após verbalização, o suspeito abriu a porta e foi contido sem resistência. No quarto, os policiais encontraram a vítima já sem vida, com ferimentos de arma de fogo no queixo e no tórax. Um revólver calibre .22 com uma munição deflagrada estava próximo ao corpo, além de um celular.
Em depoimento informal no local, o suspeito, identificado como José Cliverson Soares da Silva, confessou o crime dizendo: “Eu fiz, senhor! Fiz uma cagada!”. De acordo com o comunicante, o homem era considerado perigoso. Ele foi algemado para ser levado até a Delegacia de Polícia Civil de Corumbá, onde foi constatado que havia contra ele um mandado de prisão em aberto, emitido pela Justiça de Mato Grosso do Sul.
O corpo foi periciado por uma equipe liderada pelo delegado Guilherme Oliveira Pena, e as crianças ficaram sob os cuidados de uma irmã do autor, que acompanhou a retirada delas junto com o Corpo de Bombeiros. O caso foi registrado como feminicídio e posse irregular de arma de fogo.