A possível retirada da Azul Linhas Aéreas das rotas comerciais para Corumbá mobilizou autoridades estaduais e federais em busca de soluções para evitar que o município pantaneiro fique isolado por via aérea. Com o risco de cancelamento das operações ainda em 2025, o Governo de Mato Grosso do Sul intensificou as tratativas com outras companhias para manter a conectividade da cidade.
O governador Eduardo Riedel se reuniu com lideranças políticas e o ministro dos Portos e Aeroportos na última quinta-feira (31), buscando apoio para garantir que Corumbá continue atendida por voos comerciais regulares. Segundo ele, além de tentar reverter a decisão da Azul, o foco agora é atrair novas empresas para operar a linha, considerada essencial para a economia e o turismo da região.
A preocupação maior está no impacto direto sobre o setor turístico do Pantanal, que depende da malha aérea para atrair visitantes, especialmente entre março e setembro, período de alta temporada. Por isso, representantes da bancada federal sul-mato-grossense também entraram em campo, solicitando a intervenção direta do governo federal.
A deputada federal Camila Jara encaminhou pedido formal ao Ministério dos Portos e Aeroportos solicitando a inclusão de Corumbá em programas de fortalecimento da aviação regional, como o Plano de Aviação Regional e o Decola MS. Ela também defende a criação de subsídios por parte da Anac para garantir a continuidade dos voos.
Entre as medidas propostas, está ainda a negociação com outras companhias para que assumam a operação da rota, caso a Azul confirme sua saída. O temor é que o cancelamento afaste investimentos, reduza o fluxo de turistas e prejudique a logística da região oeste do Estado, que já sofre com limitações de acesso terrestre.