PMA alerta: animal silvestre não é pet e reforça orientações para casos de aparição na área urbana

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  • Post publicado:28 de julho de 2025
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A Polícia Militar Ambiental (PMA) reforça o alerta de que animais silvestres não são animais de estimação e orienta a população sobre como agir corretamente ao encontrá-los em áreas urbanas. O órgão destaca que nem sempre o recolhimento é necessário e, em muitos casos, a melhor conduta é não interferir na movimentação do animal.

Um episódio recente ilustra a situação. Em um salão de beleza no centro de Campo Grande, um gambá foi encontrado dentro de um balde na área de serviço. Sem ferimentos, o animal estava acuado e não conseguia sair do local. A PMA foi acionada para realizar o resgate, evitando riscos tanto ao animal quanto às pessoas presentes.

“Esses animais têm hábitos noturnos e, muitas vezes, apenas buscam alimento. Se não estiver ferido ou em risco, o ideal é não tentar capturá-lo nem assustá-lo”, explica o sargento Wagner da Silva Azevedo, da PMA. Ele também destaca que alimentar animais silvestres é crime ambiental, e o contato direto pode provocar reações defensivas, como mordidas.

🔍 Quando a PMA realiza o resgate

A PMA atende ocorrências quando:

  • O animal está ferido ou doente
  • Encontra-se em locais de risco, como comércios, vias públicas ou residências, sem conseguir sair
  • Representa perigo para si mesmo ou para a população

Em situações de ferimento, os animais são encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) para tratamento e, posteriormente, reinserção no habitat natural.

📊 Ocorrências em números

Entre janeiro e 30 de junho de 2025, a PMA atendeu 1.513 ocorrências com fauna silvestre na Bacia do Paraguai. Desse total:

  • 277 animais estavam saudáveis
  • 158 apresentavam ferimentos
  • 53% das ocorrências envolviam aves

Na capital Campo Grande, foram 559 ocorrências, com destaque para:

  • 176 animais resgatados sem ferimentos
  • 131 feridos
  • Aves representaram 59% dos casos, seguidas por mamíferos (24%) e répteis (17%)

Cerca de 20% das ocorrências não exigiram captura.

❌ Animal silvestre não é pet

A PMA reforça que a tentativa de transformar um animal silvestre em pet, mesmo que ferido, é ilegal e prejudicial à saúde do animal e à segurança das pessoas. “O contato, mesmo que com boa intenção, pode causar estresse ao animal ou provocar reações de defesa”, explica a corporação.

Além disso, oferecer comida aos animais silvestres é proibido por lei. A prática pode desestabilizar seus hábitos alimentares, facilitar a dependência de humanos e aumentar o risco de acidentes.

🏘️ Prevenção em áreas urbanas

Aparições de animais silvestres são comuns em regiões próximas a reservas naturais, córregos e rios, onde fauna e população convivem de forma mais próxima. Para evitar atrair esses animais, a orientação é não deixar ração ou alimentos expostos nos quintais.

O período de reprodução de aves, especialmente entre setembro e novembro, também aumenta o número de aparições, principalmente de filhotes que ainda estão aprendendo a voar. Nem sempre será necessário interferir — por isso, a PMA deve ser consultada antes de qualquer ação.

🐍 Casos inusitados registrados pela PMA

A PMA já atendeu ocorrências curiosas envolvendo répteis:

  • Sucuri filhote encontrada no filtro de ar de um veículo no bairro Parque Novo Século
  • Cascavel de 80 cm capturada dentro de loja de utilidades na Av. Costa e Silva
  • Jiboia com dois metros resgatada de um quintal no Residencial Búzios

Também há registros de animais localizados em forros, telhados ou espaços de difícil acesso. A PMA realiza a captura, mas não realiza desmontes de estruturas — essa responsabilidade é do proprietário do imóvel, que deve contratar profissionais especializados.

📞 Como proceder:

  • Ao encontrar um animal silvestre vivo, ligue para a PMA
  • Não toque, não alimente e não tente capturá-lo
  • Em caso de animal morto, o recolhimento em Campo Grande deve ser solicitado à Solurb, empresa de limpeza urbana. No interior, o serviço varia conforme o município.

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