Donald Trump pede investigação contra o Pix por afetar empresas dos EUA

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  • Post publicado:19 de julho de 2025

O governo dos Estados Unidos monitora o sistema de pagamentos instantâneos Pix, criado pelo Banco Central do Brasil, desde 2022. A informação consta em um relatório oficial do Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), que voltou a mencionar o assunto após instaurar uma investigação formal contra práticas comerciais brasileiras que, segundo o país, afetam empresas norte-americanas.

O relatório anual do USTR classifica o Pix como um possível fator de barreiras comerciais estrangeiras e aponta preocupação com o duplo papel do BC brasileiro como regulador e operador do sistema, o que poderia prejudicar a concorrência internacional no setor de pagamentos eletrônicos.

A investigação atual, tornada pública na última quinta-feira (16), foi solicitada pelo ex-presidente Donald Trump. Segundo Jamieson Greer, dirigente do USTR, o foco está em “práticas desleais que prejudicam empresas, trabalhadores e inovações tecnológicas americanas”, incluindo grandes plataformas de tecnologia.

Concorrência com gigantes

O avanço do Pix — gratuito, instantâneo e de alcance nacional — preocupa empresas como operadoras de cartões de crédito e plataformas como o WhatsApp Pay, lançado em 2020 pela Meta, de Mark Zuckerberg, aliado político de Trump.

Na época, a Meta anunciou que o Brasil seria o primeiro país a usar a função de transferência via WhatsApp. No entanto, o Banco Central e o Cade suspenderam o serviço poucos dias após o anúncio, alegando necessidade de análise técnica e riscos concorrenciais.

Pix em números

De acordo com o Banco Central, o Pix movimentou cerca de R$ 26,4 trilhões em 2023. Especialistas avaliam que o sistema promoveu a inclusão financeira, facilitando o acesso a serviços bancários e aumentando a competitividade.

“Ao contrário de outras soluções, o Pix está integrado ao sistema financeiro nacional e é regulado pelo Banco Central. Isso garante segurança e controle sobre as transações”, explicou a economista Cristina Helena Mello, da PUC-SP.

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