Preços dos alimentos recuam e inflação desacelera para 0,24% em junho

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  • Post publicado:10 de julho de 2025
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A inflação oficial do país perdeu força pelo quarto mês consecutivo e fechou junho com alta de 0,24%, conforme divulgado nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi influenciado principalmente pela queda no preço dos alimentos, que registraram a primeira deflação em nove meses.

Apesar do alívio no grupo de alimentação e bebidas, a inflação ainda segue acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%. No acumulado de 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 5,35%, configurando estouro da meta pelo sexto mês consecutivo.

Principais destaques do IPCA de junho:

  • Índice geral: +0,24%
  • Acumulado em 12 meses: 5,35%
  • Inflação de junho/2024: 0,21%

Grupos com maior e menor impacto:

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
Alimentação e bebidas-0,18%-0,04
Habitação (energia)+0,99%+0,15
Transportes+0,27%+0,05
Vestuário+0,75%+0,04
Educação0,00%0,00

Alimentos ajudam a conter inflação

O grupo alimentação e bebidas teve queda de 0,18%, puxado pela alimentação no domicílio, que recuou 0,43%. Entre os itens com maior queda estão:

  • Ovo de galinha: -6,58%
  • Arroz: -3,23%
  • Frutas: -2,22%

Segundo o IBGE, a safra agrícola mais favorável elevou a oferta de alimentos, o que explica a deflação no grupo.

Já a alimentação fora de casa desacelerou de 0,58% em maio para 0,46% em junho.

Conta de luz pressiona inflação

O item energia elétrica residencial subiu 2,96% no mês e teve o maior impacto individual no IPCA: +0,12 ponto percentual. A alta se deve à aplicação da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

Além disso, o IBGE identificou reajustes nas tarifas em capitais como Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro.

“Se a energia elétrica fosse excluída do cálculo, o IPCA de junho ficaria em 0,13%”, explicou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.

Transportes: apps em alta, combustíveis em queda

O grupo transportes avançou 0,27%, puxado pelo aumento de 13,77% nos serviços por aplicativo. Já os combustíveis registraram queda de 0,42%.

O índice de difusão, que mede o percentual de itens com aumento de preços, foi de 54%, o menor desde julho de 2024.

INPC também desacelera

O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), voltado a famílias com renda de até cinco salários mínimos. O INPC foi de 0,23% em junho e acumula alta de 5,18% em 12 meses.

O INPC é utilizado como base para reajustes salariais e benefícios sociais e atribui peso maior à alimentação (25%), refletindo o perfil de consumo das famílias de menor renda.

arte whats2

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